segunda-feira, dezembro 20

Ecce Homo

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Nesses dias,
Nesses dias em que inventei uns quatro amores,
tive de sofrer com cada adeus.

E com adeus chorado,
com adeus desapegado,
fiquei despedaçado.

Só Dioniso sabe a dor que é enfrentar um titã.
Amores criados dentro de mim,
que portanto devem ser destruídos dentro de mim.

Eu não sou suficiente.
Mas como disse o filósofo:
"Aquilo que não me destrói, fortalece-me".

Eis que sou um homem digno da destruição.
Um homem feito de pedras, escombros, destroços.
Um homem multifacetado.

Um homem borboleta.
Um homem beija-flor.
O mais raro dos homens.

3 Response to Ecce Homo

20 de dezembro de 2010 às 10:08

Ecce Homo é o título de um livro.

Qual a diferença entre autoestima, orgulho e prepotência?

26 de dezembro de 2010 às 22:56

Tinha que ser esse livro... Desse escritor... Ahhhhh
Amei o texto!!!
Mto legal, mesmo...
Amores inventados q precisamos destruir, minha frase favorita, despedidas (essas, eu nem comento)...

Sim. Somos seres multifacetados.

Sim. Um homem raríssimo!
Carinho.

23 de janeiro de 2011 às 00:46

Olá mano! Infelizmente, tudo o que é raro entra em extinção; veja por exemplo, os dinossauros. Adorei teu blog e estou te seguindo, caso queira seguir-me também, veja:http://asvozesdomar.blogspot.com/

Paz e amor!

Abç!