terça-feira, janeiro 4

2011: Ser ou não ser

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21 anos, em pleno século 21.
Dores de cabeça.
Vontade de abandonar tudo.
Onde encontrar a fortaleza?
Quem poderá estender a mão, quando eu já me abandonei?

Faça tu uma caridade,
traga-me uma certeza que te darei uma incerta verdade.

É fácil ser complicado,
é só ser.
É fácil ser desintegrado,
desnatado.
É fácil escrever paradoxos,
fazer poema em estilo piada.
E descer um poema com um monte de exclamações e sem plano, sem nada.

Faça tu uma caridade,
traga-me uma certeza que te darei uma incerta verdade.

Por que eu quero ser o mais difícil de ser?
Aonde andará a minha imperfeição no cubículo aprisionado dentro de mim?
Com asas não-aparadas, ela se debate contra o chão e parede,
violenta, tempestuosa, impulsiva.
Eu sou estremecido,
um ser rachado que procura a perfeição.

E quem nos fez desacreditar que não podemos ser perfeito?
Quem! Quem?
Não quero carregar a transmissão do Pecado dos puros condenados,
os impuros Adão e Eva.
Que culpa tenho eu?

Faça tu uma caridade,
traga-me uma certeza que te darei uma incerta verdade.

E agora, que posso dizer que a festa recomeçou, José,
E já podes tu acordar feliz depois da ressaca da outra festa,
Agora, nos resta dançar.
Dance comigo, enquanto ela está se preparando para o nosso primeiro e finito encontro.
Mas, José, não esqueça!

Não se esqueça da Prudência, Temperança, Justiça e Fortaleza.
Sim, você estará limitado; mas nos limites além-mar, além-céu.

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