quinta-feira, abril 29

Minha Primeira Revista da Playboy

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Seria trágico, não fosse cômico. No entanto, ontem quando estava na beira da entrada da universidade observei um homem com uma mesa recheada de revistas; tinha Veja, Men's Health, Nova Escola, Playboy... Procurei saber do que se tratava, quando no compasso que elaborava a pergunta vi o enunciado "Desnudando FERNANDA YOUNG", exatamente assim, em letras garrafais estava o nome dela, a autora de "O Pau", "Vergonha dos Pés", os quais nenhum cheguei a ler. Reside em mim uma vontade de descobrir essa mulher cheia de tatuagens e que parece ser a mulher selvagem que pode ser domesticada, eu com minhas preferências paradoxais.

Pois é, até então com meus vinte anos nunca tinha comprado uma revista de mulher pelada. Nunca mesmo. Dá dinheiro para isso? Nunca. Já tinha visto algumas do meu primo Breno, e lógico que já assisti a filmes pornográficos. Mas, nunca tinha comprado uma revista, e acho que nunca gastei um dinheiro suficiente para locar um filme.

E hoje tenho nas minhas mãos a Fernanda Young; certo, parece ser uma experiência super estranha conhecer uma autora por fotografias do gênero, mas eu estava de uma forma que se eu encontra-se um livro dela bem perto de mim teria um ataque compulsivo de compra. Tenho umas três compras não-realizáveis no site Submarino; em cada uma delas uma sede pelo "O Pau" de Fernanda Young (barbaridade!). Bem, esclarecendo: A revista é do mês de novembro de 2009. Comprei por exatamente R$1,00, não que a revista tenha tal valor, na verdade a revista seria um brinde se eu fizesse a assinatura de alguma outra da editora Abril. O rapaz percebeu meu interesse ela revista e disse que faria por qualquer preço, bastava eu dá um valor simbólico. Bem, na revista a Fernanda não está tão provocante... Prefiro-a vestida de extravagância e poesia, com o olhar de prosa, as mãos leves e duras, pena, muita pena que nada disso eu tenha propriedade para falar.


Texto que antecede o ensaio fotográfico, assinado por Fernanda Young:

Estala coração de vidro pintado

" Enquanto ela se arruma, o mundo para. O mundo dela, onde só existe o homem que aguarda. Nessa casa sem vínculos, vazio perfeito para encontros clandestinos. Ela tenta fazer, daquele quase nada, algo acolhedor. Quer oferecer, alimentar, provar o aconchego que crê que ele mereça. Porque ele é seu homem. Só seu, durante o tempo em que estiver naquela casa. Lar sem lembranças nem porta-retratos. Ilusão que ela finge não notar, e durará apenas o tempo livre daquele que espera. Já que ele não é dela e ela não é dele- embora se prepara como se fosse. Quer que o vazio esteja lindo, sem saber que lindo seria vê-la assim, acreditando num amor-para-sempre, que termina antes do anoitecer. Não é ingênua e nem cínica, é uma mulher; e gosta desse jogo, mesmo sabendo que, nele, nunca há vencedoras. Perdedora ou perdida, sente-se excitada. Quase aborrecida, por ele estar atrasado. Lembra, porém, de mais alguns detalhes que faltam no paraíso que quer ofertar. Circula pela casa, toma um vinho, escreve um poema. Vai tentar convencê-lo de quanto ela é perfeita. Ela escreve versos. Ela é livre, mas sabe cozinhar. Escuta um barulho, a seu corpo treme inteiro - ainda não é ele. Tenta ficar calma, mas seu coração, agora, não bate, estala, como um delicado cristal que, num brinde, trinca. Serve-se mais uma taça de vinho. Sente uma certa vontade de chorar. Tenta se distrair. Pode brincar um pouco enquanto ele não chega? Decide que sim, imaginando tudo que gostaria de fazer com ele. Algumas coisas que nunca fez, inclusive. Mas ele demora demais, e ela prefere não mexer onde não deve. O primeiro prazer daquela tarde deverá ser com ele, por ele. Mesmo reconhecendo que, no quarto escuro de sua mente, faça o que quiser, com quem quiser. Ele não precisa saber disso. Nenhum homem precisa saber que é na imaginação que a mulher esconde o tal ponto G. Ri. Vê a hora, começa ficar realmente irritada. Mais uma taça de vinho e o seu coração de vidro estalará mais forte, talvez forte demais. Tornando-a mais intensa em sua poesia e menos preocupada com refeição que esfria. Que casa é essa, afinal? Decide macular o branco daquele local asséptico. O mundo, afinal, não é apenas o local que seu homem habita - homem que nem é tão seu. E tudo fica melhor quando está tudo bagunçado. Então, desarruma tudo."

sábado, abril 24

Ora, Depois!

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Correr, o verbo que corre atrás dos seres!
Viver, o verbo que ainda penso não conjugar.
Sonhar, o verbo que preciso, mas tenho medo de ter.
Ler, o que faria, o que fizera, o que farei...
depois.

(Se a vida fosse feita para depois, eu precisaria do meu agora?)

Mas, penso no depois.
E vivo meu agora.
Não vivo o depois,
e não me apego tanto sempre ao agora.

Lembro. Lembro que tudo isso será ANTES.

Mas, penso no depois.
E viva ao meu agora.

Lembro. Lembro que tudo isso pode ser NUNCA MAIS.

A uma Borboleta e seus Devaneios

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É um universo no qual encontramos a amizade e a paixão. VTD e VTI, apesar de Mário de Andrade dizer ser VI e ultimamente atrelar-se como VTDI. Daí se insere em contextos e altera visões, ideologias, ritmos, ações e reações; talvez, por isso, sejam todas classificações. Quem ama, ama alguém. Quem ama, ama a alguém. Quem ama, ama. Quem ama, ama alguém por alguma coisa. Qual está certo? E a gramática normativa quem é perto de algo tão nobre?

Não há qual esteja certo nem MAIS certo, há quem está no universo e quem está flutuando pelo céu. Quando se ama por alguma coisa, na verdade não se ama, se interessa, se apega à pessoa somada com a coisa interessada; no entanto reside uma possibilidade pelo fato de que fingir amar é perigoso, pois das pequenas coisas se constrói o amor; você pensa e finge que está amando, logo flutuando, de repente está mesmo e é complicado voltar ao chão, porque já estamos habituados à falta de ar. Ter de reaprender a respirar, andar com os pés no chão, não ter aquela sensação do ofegante será um desafio. A gente parece renascer quando deixamos o universo: choramos, precisamos de colo e consolo. É que o amor nos envolve como se fosse Universo.

Quando deixamos o universo é que temos certeza do que foi construído, pois o amor mesmo que acabado não se destrói e, principalmente, não nos destrói. Isto é, a parte mais genuína do Universo Amor, o que nos leva ao fundo do poço é a parte mais perigosa do amar, a paixão. É justamente no pequeno espaço que colocamos o outro acima de todos e tudo, vivemos por/para/pelo outro; esquecemos de nós e de todos os outros lindos planetas pertencentes ao universo. Renegamos os amigos, a família, em geral a nossa vida, acabamos por assumir o corpo e a vida do outro; o planeta mais fértil ao ciúme, à insegurança, à tempestuosidade, à cegueira. As pessoas têm encontrado a paixão como sinônimo do amor, por isso dizem que este é cego quando na verdade cego é aquele(a paixão). Muitos casais acabam o relacionamento e tudo acaba assemelhando-se a pessoas desconhecidas, nunca se cruzaram, pronto, isto é, paixão.

Depois do mundo particular no universo, retirado e conhecido partes de todos os outros planetas - resta - se verdadeira - a amizade. Quando foi amor, é amor e nunca mais será nada, nunca mais será ignorado, irrelevante. Para ser amor não precisa está junto o tempo inteiro, beijar na boca, deitar-se sobre a cama, tirar a roupa; faz parte, mas não é essencial nem necessário. A idolatria, a paixão, a amizade, o respeito, a verdade e todos os planetas com nome de valores humanos mais divinos compõem o Universo Amor. E é a mistura das terras e das águas entre os planetas, para formar teu mundo, que faz dele o mundo amor em poucos mundos amores existentes. Tem gente que só recolhe a água e a terra da paixão, habitam o universo amor, bem verdade, mas não são bem sucedidos e tornam-se forasteiros e perdem o bem mais precioso no ir e vir, perdem o tempo. Tempo necessário a formar, povoar um mundo construído a dois, três, quatro... Assim, envelhecem e tornam-se nostálgicos, retraídos; então, o mundo amor é formado e intensificado para a família, especialmente para os netos. Na maioria das vezes os netos já crescidos estão à procura e conhecendo outros planetas jovens, mal sabem que aquele que é oferecido seja o suficiente para aprender a não perder tempo com coisas pequenas que parecem grandes.

Ama. Ama mesmo. Ama de forma que conheça todos os pontos de vistas do amor para ter o ciúme necessário, a tempestuosidade básica, a saudade suficiente; assim não possa confundir o universo com o planeta. Assim, possa formar compartilhando o mundo teu; não precisando habitar um planeta que já existia, mas que existirá. Não é egoísmo ter um mundo só teu, na verdade é até um submundo, mas grande o bastnte podendo ser chamado mundo; como diria, não é egoísmo, é história. Quer queira, quer não, cada um tem a sua e sendo a junção de duas na criação do mundo implicará a formação de outra. Então, cria, recolhe, compartilha, que o amor é grande para poucos planetas.

Uma mistura de sentimentos bons, haja vista: amizade, paixão, respeito, atitude, fraternidade... Uma mistura de corpos também, uma elevação. É gota a gota de cada substância que faz o amor ser perfeito, se bem que amor-perfeito é uma terrível redundância! O amor é muito grande, o que é pequeno não é amor, mas faz parte e de todas as pequens partes é composto o Universo. Exemplo?! Sol, cometa, planeta, gameta, fecundidade, gravidade, gravidez, história, criador, Criador... O Amor.

sexta-feira, abril 23

Descasos em Casar

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Maria (Mãe) / Cícero (Pai)/ Lígia (Filha Conservadora)/ Angelina (Filha Grávida)
Marcus (Filho Liberal)/ Júlia(Amiga de Angelina)



(Maria estará preparando a mesa enquanto o filho observa com cuidado os gestos da mãe.)

Cena 01

Marcus: A senhora já contou a ele?

(Maria faz um sinal de negativo)

Macus: Mãe...

(O Pai aparece e interrompe o diálogo. Todos se levantam e esperam o pai sentar; percebe ausência)

Cena 02

Cícero: Onde está a Angelina?

Mãe: Saiu e ainda não voltou.

Cícero: Aonde ela anda? Aonde? O que está acontecendo nessa casa?

(Lígia chega da Igreja)

Cena 03

Lígia: Pelo visto o pai já sabe da Angelina.

Cícero: Você, Lígia, é a única que orgulha teu pai. Esse primogênito não me serve como filho homem, vive na saia da mãe e metido no quarto das irmãs! Se fosse outros tempos eu te abandonaria por esse mundão só para ser homem na vida.

Maria: Não fala assim com ele.

(Cícero olha para a mulher com soberania, ela consente; emudece e baixa o olhar)

Cícero: Já tomou café, Marcus?

Marcus: Não, senhor papai.

Cícero: Pois bem, não tomarás na minha frente!

Lígia: Voltando ao assunto, pai... A Angelina saiu ontem pelas 22h e não voltou até agora....

Cícero: Definitivamente, nossa casa precisa de uma dona, a que tenho já não serve. Deixastes a Angelina saí em tal horário?

Maria: Sim, deixei, meu senhor.

Cícero levanta-se indignado

Lígia: Pai, olha...

(Angelina chega com a amiga Júlia)

Cena 04

Angelina: Bom dia, família! Qual o problema? Tudo bem, gente?

Lígia: Até parece que não conhece o papai.

Angelina: A Lígia já deve ter feito minha caveira...

Cícero: A Lígia quer o seu bem, assim como todos dessa família caótica!

Angelina:Olha, pai...

Cícero: Não olharei nada!

Angelina: Eu sou maior de idade...

Júlia: Ela é maior de idade.

Angelina: Já fiz 18 anos...

Júlia: Já tem 18 anos...

Angelina: Você e a Júlia são crianças sustentadas pelos pais. Filho meu se mora comigo é debaixo das minhas leis. E você me aguarde!(para a esposa). Júlia, se seus pais não te educam, não ande com minha filha!

Julia: Você é um grosso!

(Cícero caminha para saí de cena, volta e encara todos e depois sai da cena)

Cena 05

Marcus: Por que você não vai puxar o saco dele?

Lígia: Marcus, ele está certo!

Marcus: Certo em gritar com a mamãe, maltratar a filha, humilhar o filho?

Lígia: Ora, Marcos. Não me venha bancar o defensor dos fracos e oprimidos. Nós somos uma família e se a mamãe casou com o papai foi para tal propósito: constituir uma família.

(Enquanto isso, Angelina entrega um envelope a sua mãe e diz que está grávida. Toda a representação poderá acontecer através de representações mudas)

Lígia: Toda família tem de ter regras!

Marcus: Você é uma ultrapassada!

Lígia: Ultrapassada!? Eu!? Só porque não sou a favor do seu casamento gay?

Marcus: Mãe!

Maria: Parem com isso! Parem! Lígia, vá para seu quarto!

Lígia: Eu só espero encontrar um homem igual ao papai para dá o amor, respeito e dedicação que mereça.

Marcus: Aproveita e beija os pés dele...

Maria: Marcus....

Lígia: Beijarei se preciso for.

Marcus: Submissa!

Lígia: Apaixonada, Marcus. Apaixonada.

(Lígia sai)

Cena 06

Marcus: Contou a ela, Angelina?

Angelina: E não sei quem é o pai.

Júlia: O senhor Cícero se souber disso.

Mãe: Nem me fale, nem me fale, menina. Eu tenho medo da reação dele quando ficar sabendo.

Júlia: Vou ao banheiro.

(Júlia sai de cena)

Cena 07

Angelina: Não fica assim, mãe.

Marcus: A senhora não merece sofrer, eu não posso admitir isso, mãe!

(Cícero entra revoltado)

Cena 08

Cícero: Angelina, você está grávida? Fale! Está ou não está?

Angelina: Estou...

Cícero: Saia daqui!

Angelina: Foi a Júlia que disse, não foi? Eu sei pai que o senhor tem um caso com ela.

Cícero: Saia daqui, agora! Saia, sua separada!

(Angelina se retira)

Cena 09

(Cícero se aproxima da mesa e apanha uma faca sem que ninguém da família veja, apenas para criar uma tensão no momento)

Cícero: E você, Marcus. Meu filho primeiro, homem! Doente! Não me chame de pai, filho meu casa-se com mulheres! Eu te odeio, Marcus.

Marcus: Eu não queria isso...

Cícero: Não queria? Ande, arrume suas coisas e saia da minha casa!

(Marcus sai)

Cena 10

Maria: Eu cansei. Eu cansei! Se meus filhos sairão dessa casa, saiu eu também. Nossos filhos são pessoas e não marionetes! Eu cansei!

(Cada um aparecerá na cena. Como que se estivessem ouvindo tudo atrás de uma porta)

Cena 11

Marcos: Por isso irei casar em Portugal, onde o casamento gay é permitido.

Angelina: Não é porque me falta esposo que não seja amada. Criarei meu filho com a maior dedicação que puder. Não precisarei de um papel riscado, um contrato para dizer que amo alguém; porém, se eu registrar ,todos irão saber do meu amor e da minha união. Toda a sociedade.

Júlia: Sei que estou errada em destruí um casamento. Mas, para que casamento nos tempos de hoje? Eu quero é viver intensamente sem correntes.

Lígia: Com o tempo, só com o tempo aprenderei que podemos adaptar muitas coisas sem corrompê-las.

Maria: Não foi nossos filhos que destruíram nosso casamento nem mesmo a Júlia.

Cícero: Eu saberei o que foi.

Maria: É preciso respeito. Respeitar o que é do outro e tentar conviver com tudo que o outro é.

(Todos saem e deixam Cícero sozinho. No momento ele prepara uma bebida fatal)

Cícero: Eu só convivia com o que era virtude para mim.

Do Sonho ao Pesadelo

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A endemia surgiu quando os homens voltavam da roça e observaram um velho senhor receber sessenta e nove tiros e não sucumbir às dores do ferimento. A partir de então ninguém mais morreu naquela cidade, perduraram séculos até o incesto tornar-se hábito. Todos queriam viver para sempre, não imaginavam as proporções drásticas do eterno com todo cabedal ético desmoronando. A população crescia tanto que faltava trabalho, companheiros, alimentação; uma selvageria terrível assombrava todo o mundo quando algum forasteiro aparecia daquela cidade distante: Pandora.
Vários casais separavam-se pelo tédio irremediável causado pelo tempo, o suicídio era o sentimento mais forte nos pandorenses, superava o amor. Falando em amor, surgiram tantas aberrações devido ao incesto que foi preciso o governo fundar uma instituição para doentes anômalos. Entre eles estava o pandorense mais medonho Frederico Nietiano que no lugar da boca tinha os olhos e no lugar dos olhos tinha a boca. Quando todos foram exterminados pelos mortais póstumos, restou a certeza de qualquer lindo sonho tornar-se pesadelo.

O Monstro Herói

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Chovia muito em São Paulo, o céu estampava cicatrizes a todo instante. E nas cicatrizes efêmeras de um relâmpago via o rosto de seres de outro mundo, o céu parecia desenhar somente para mim. E da janela do meu quarto dava para vê o rio da sujeira ameaçar explodir.

Tremendo foi a intensidade da água invadir o meu quarto e eu subir encima da cama, debaixo da cama diversos objetos. Entretanto, nenhum me chamou atenção quanto o braço que flutuava na água e escondeu-se embaixo da cama. Foi um susto fácil, mas em seguida veio um pé, um tronco, uma cabeça, a maioria das partes de um corpo normal formava-se por ali; meus gritos contrariados eram abafados pela porta trancada, e eu sentia um relevo sobre os meus pés, alguém se levantava aos poucos de baixo para cima, sem a educação de retirar-se por um dos lados.

Acordei e já estava do lado de fora da minha casa inundada e minha família toda morta; de longe aquele corpo mergulhava em busca de outros corpos. Os olhos de quem me salvou eram os olhos da minha primeira boneca que havia descartado.

segunda-feira, abril 19

M$orte

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Tu queres ler? Compra um livro. Tu queres amor? Alimenta-te. Tu queres qual se não tens o dinheiro para comprar. Dinheiro é preciso. Sim, é preciso. E tu pensas que teu mundo romântico te alimentará? Para de ser rídiculo e vai procurar algo rentável. Teatro? Vai te ajudar em que quando tu estás no Brasil televisivo, altamente televisivo. E sabe por quê? Porque televisão é a diversão dos pobres de dinheiro e espírito. Ou tu pensas que gastariam dinheiro com um ingresso para assistir a um filme, em vez de comprar um kg de feijão? Acorda. Para de sonhar. Sabe... às vezes, eu tenho inveja de ti. Sim. Tenho mesmo! É que não consigo enxergar a realidade, meu pessimismo já tomou conta e acaba por ser indissociável ser pessimista e realista. Não quero dizer que você é otimista. É pode até ser, mas sua realidade esta mais para fantástica. Quando é que você vai aprender a conviver? Vai sempre ficar vivendo só com seu mundo?

Nunca mais o adolescente voltou a ser quem era... E assaltou, furtou, roubou, matou, morreu. Aprendeu a roubar com a mãe, esta que lhe roubara os sonhos e a vontade de algumam coisa carregada de valor.

sexta-feira, abril 16

Saudade de Viver

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A vida já foi uma ciranda
Cheia de risos e reinações
Hoje não passa de mero desdém
Cheia de tristezas e amarguras
De choros e ira.
Hoje espero...
Que um dia minha vida
Retome seu espectro rotativo
E que uma aura multicolorida a embale.
Recuperando meu desejo de viver.

(De Tarciane Milena, uma menina de treze anos que lê a vida e a escreve)

terça-feira, abril 13

O planeta gira, a gente muda e algo fica

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Tivesse eu a mão maior, pegaria um pedaço da nuvem se ela fosse mesmo algodão doce; de lá levaria a sua casa e te ofereceria. Você iria querer? Sei-lá. Seu namorado já te pediu em casamento, não é mesmo? Prefiro ter essas mãos curtas, pelo menos elas alcançam meu corpo e eu o engano quando me abraço e digo, e penso que é você.

Às vezes, me sinto fantasma na sua vida. Sabe aquele medo de reencontrar o que parece desconhecido? É assim que sinto o seu sentir em ralação ao nosso passado. O mais estranho é saber que você está na próxima rua, no mesmo bairro e a gente não se encontra a mais de dois anos.

Terei de confessar que penso em te encontrar grávida e totalmente desgastada por eles, o tempo e seu namorado. Era para nós estarmos unidos, e ainda pode ser.

Tem uma condição que limita o meu amor, a condição de você ser a mesma de sete anos atrás. E eu sei que ninguém é o mesmo de um dia atrás, quiça sete anos; considerando a mão que não tenho e o tempo que modifica, chego a conclusão de que o amor também é utópico, não resta dúvida.

domingo, abril 11

Música!

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Antes de chorar escute Vanessa da Mata; depois, Adriana Calcanhoto.
Quando acabar o relacionamento procure por The Killers ou Amy Winehouse,
se prefere o bom português, vá em busca de Maria Gadú.
E quando estiver em flerte pesquise no Google por Marisa Monte,
mas se estiver apenas começando uma amizade forte, procure por Chico Buarque.
Se a amizade for colorida, aí você coloca Caetano Veloso, Ana Carolina ou até mesmo a mesma Adriana Calcanhoto.
Se for uma amizade das antigas, tire o Calcanhoto e coloque Partipim.
Estando solteiro, procurando somente pelo amor de si próprio,
sinta Lenine.
Jamais escute Djavam por mais de oito minutos, do contrário você fica muito pacífico e muito enigmático.
Tirando Djvan, você pode permutar todos os outros em todas as outras situações. Pode acreditar!

Ah! Tente incluir Nando Reis, Renato Russo, Cazuza, Capital Inicial, U2 e James Blunt.

Se quiser me ajudar com outras dicas...
Escreve no comentário.

Grato.

Ao Dentista de Abril de 2010

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Me deixe falar-te de tua beleza com tuas mãos tão leve. Ai, que inveja dos teus olhos negros na tua face bem esculpida. Só não invejo teu riso de menino amulecado. Invejo tua pele alva coberta do largo tecido branco que pouco mostra o teu corpo nú que a mim pouco interessa, digo verdadeiramente. Se eu pudesse, só olharia para teu olhar, mas tive de fugir várias vezes para não ser interpretado de forma má.

És tão lindo, és tão cuidadoso, pensei até está velhíssimo e estando sendo consultado por meu filho, este que ainda não veio nem promete vir por agora.

Suas perguntas sobre está tudo bem por aí aos instantes de fazer moldagem e suas respostas, as quais preenchiam palavras a minha boca entupida de massa, diziam que mais ou menos.

Digo ainda mais, já eu sujo preocupado na limpeza das extremidades de minha boca, dissestes que limparia e não precisei de mais preocupação alguma. Então, me limpou com um papel úmido na maior paciência e cuidado que jamais tive de um desconhecido.

Que graça! Que cuidado! Contigo, naqueles minutos pensei em abandonar as Letras e viver para os dentes, cursar Odontologia e quem sabe inspirar pela boca às mãos de tantos outros metidos a poetas.

10/04/10

sexta-feira, abril 9

O Senhor e seu Dicionário: Apaixonar

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Tão simples?


Não, não era tão simples. Falei ao meu pai que gostava de um garota e ele disse que eu estava apaixonado. Aí fui olhar o signficado, percebi que o verbo estava conjugado e achei a palavra apaixonar. No meu dicionário torto, um significado aparente não se aproximava nehnhum pouco da tremedeira dos pés e da mão gelada e suor frio.

Em todas as livrarias procurei por um dicionário verdadeiro ou que espelhasse um pouco de mim e me dissesse a verdade, só a verdade e nada mais. Nada. Nada mesmo nem a definir nem a comprar. Até que comprei. Comprei umas folhas de oficio e dobrei para fazer um livro. Já estava decidido, teria meu próprio dicionário.

Com mais de quarenta anos e lendo isso da idade que tinha doze anos, percebo totalmente o quanto todos aqueles dicionários que não comprei estavam corretos. Meu sentimento sim, este foi único que não poderia encontrar tão facilmente e de forma tão simples diante do que dizem ser primeiro amor, um livro feito por outra pessoa com um sentimento meu, só meu.

A primeira palavra do meu dicionário foi apaixonar, no entanto foi ela que me apaixonou.

sexta-feira, abril 2

Textos que estariam no lixo (IX)

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(2009. Solicitação do Kleyton Pereira, Universidade de Pernambuco, Curso de Habilitação em Comunicação e Expressão em Letras Português e suas Literaturas. Em poucas palavras sobre a UNIVERSIDADE E O CURSO, um tédio decente que se manifesta indecente no ritmo inconstante de uma faculdade paradoxal...)

Frequentemente escutamos algumas palavras e a interpretamos por uma ótica singular, talvez popular no sentido pejorativo. Cito a palavra: Globalização.
Entende-se a globalização por dois rumos contrários; se por um lado ela retém ou aglutina, por outro ela oferece e propaga a igualdade dos valores humanos. O fator política é retratado como determinante e fator gerador das direções as quais serão levadas a compreender e adequar o vocábulo difuso.
Conquanto, mediante duas direções do movimento/fenômenos denominados por uma relação mutualística e, por ora, sem barreira, portanto, sem limites, faço presente outra direção a meu ver não menos importante: Alucinação e Alienação. De tal maneira, haverá um requerimento maior do comedimento educacional, uma vez que fatores externos irão permanecer firmemente como empecilho no processo educativo, pois ao menos que o professor reverta a situação identificando, um melhor lado da faca de dois gumes e de lateral cortante, poderá cumprir o seu papel na iminente sociedade em crise.
Beirando a perfeição de uma metáfora inusitada e agressiva, diríamos da lapidação à formação do homem plural. Homem capaz de mudar a realidade dele e respeitar com medidas contributivas às realidades dos outros ao redor. Cabe a identificação da ferramenta e o ato escolhido correspondente a reação do educando: Lapidar, Dilapidar ou Alienar.

Textos que estariam no lixo (VIII)

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(Bem recente. 2009. Li algo no Orkut de um amigo e me inspirei...)

Eu tenho o hábito de ser convincente!
Eu tenho a destreza de ter amores!
Eu tenho mania de viver sonhando!
Eu tenho desejos de conhecer!
Eu tenho jeito de menina!
Eu tenho cheiro de espírito!
Eu tenho fome de maná!
Eu tenho nada e falta-me tudo!
Eu tenho algo a comentar!
Eu tenho vontade de ser inteligente!
Eu tenho sintomas de cólera!
Eu tenho óculos grandes para o mundo pequeno!
Eu tenho queixas e lamentações de Deus!
Eu tenho fé em Deus!
Eu tenho cara e caras!
Eu tenho nada e falta-me tudo!
Eu tenho olhos, boca, nariz!
Eu tenho dúvidas sobre quem sou!
Eu tenho mãos, pernas e tronco!
Eu tenho sentidos os quais sentirei!
Eu tenho audácia por está vivo!
Eu tenho isso que você vê!
Eu tenho o vazio!
Eu tenho nada e falta-me tudo!

Textos que estariam no lixo (VII)

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(Ano de 2007. Eu de 17 anos. O mais digno de está no lixo. Sem mais.)

Poderia tudo perder, exceto a coragem.
As derrotas nos ensina a desistir,
ao mesmo tempo nos permite persistir.

A igualdade pode se tornar semelhança,
se vista por outros olhos.
Afinal, não sempre se perde por querer perder;
em uma competição quase sempre todos querem ganhar.

A vitória se torna gloriosa
quando ela é honrada.
Vencer não é tudo,
a cada dia a vitória é mais desejada, porém.

Em um caminho existe amigos e colegas,
fracassos e sucessos.
Depende do agora o que você quer do amanhã.

Textos que estariam no lixo (VI)

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(Fiz uma composição coletiva no projeto Mandacaru, mas a minha parte não ficou tão esplêndia como a parte da minha amiga Vanessa...)


"Me desculpe, preciso falar:
Estou triste, e a minha tristeza é como o mar tentando afogar mes sonhos, minhas certezas...
Por Deus, me ajude. Alguém! Haverá um dia em que tudo que sempre desejei irá acontecer. Quero que esteja lá segurando minha mão...
Meu corpo será um santuário. Meu coração será a porta para você descobrir os meus sonhos mais íntimos segredos...
Meus sonhos, minhas certezas...
Uma confusão dentro de mim."

Textos que estariam no lixo (V)

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(Do tempo em que ficava na recepção do Globo Distribuidor. Ficava esperando alguém chegar para eu abrir a porta, alguém sair para eu fechar a porta, alguém ligar para falar a frase mecânica, e quando nada disso acontecia eu brincava de ser poeta...)

Pequenos brotos surgem
ao ponto leste e oeste.
O fogo da paixão incendeia o corpo.

A arte da mentira é praticada,
e o prazer de beijar, saciado.
A arte da ilusão é sentida,
e o desejo de sofrer, ilimitado.

Ao banho descobre o estimulo,
sua mão lhe tem, assim como o inverso.
Ao espelho descobre pêlos,
suas palavras ficam mais fortes.

A menina que brincava de boneca,
hoje carrega em si um abrigo de algum indefeso.
A mulher irá ter garra,
hoje carrega em si a esperança de um grande amor.

Textos que estariam no lixo (IV)

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(Aqui registro uma passagem anotada em folha de ofício. Não sabendo se a frase é minah ou de algum professo do tempo do curso de Menor Aprendiz no ano de 2007)




"No mais ou menos da vida, você jamais irá saber quando tudo foi verdade ou enfim".

Textos que estariam no lixo (III)

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(Texto feito em 2007 quando eu brincava de ter dupla personalidade, ops. Não era dupla. Na verdade, estando eu nos últimos lindos momentos de primavera da minha adolescência, tinha muitos desejos de sentir a vida. E para não ser duramente criticado pelos amigos, ser considerado repugnante. Com erros gramaticais dos dezessete anos, com os amigos do colégio modelo, com a mentalidade de...)

J.D.: Eu sou um nada. Amo demais, eu não amava tantas pessoas em dois meses.

Martinne: É você ama demais. Culpa do Rafael, influência.

Apollo: Influência? Qual é? O cara tem é que amar mesmo.

Martinne: Pessoas que amam se tornam fracassadas. Pessoas que gostam de sentir o novo também! (Rs)

Apollo: Ao menos me permito.

J.D.: Vocês poderiam me ajudar, mas só complicam. Eu deveria deletar vocês.

Martinne: Tarde demais. Eu já sou dono de sua razão.

Apollo: É, Johnatan. Eu faço parte de sua emoção.

J.D.: E eu? Não existo? Não me comando?

Martinne: Você é um circo; Eu sou um mágico; Apollo, um palhaço.

Apollo: Tão inteligente, tão arrogante. Johnatan, deixa eu participar um pouco mais da sua vida, deixa eu lhe mostrar a cura para esta ferida.

Martinne: Não se esqueça, Apollo gosta do novo. Não seria uma boa opção. Se você quiser eu posso ser amigo dos outros.

Apollo: É assim que você define as pessoas qu mais deram atenção a ele? Outros!?

Martinne: Johnatan, o presente é o espelho do futuro. Ou melhor, o futuro é o espelho do presente. Eu posso chegar mais longe, Apollo não.

Apollo: Chegará longe, mas chegará sozinho. É rídiculo sua visão sobre o mundo. A única coisa que apóio é o esquecer é o povo baixo da família dele, e mais nada.

J.D.: Mas, quanto a me sentir só..Quanto ao amor... Quanto a minha existência... Quanto aos meus ciúmes... Quanto ao meu sofrimento... Quanto aos meus filhos... Quem eu sou? Quem devo ser? O meu lema é sofrer?

Apollo e Martinne: É...

J.D.: ?
Martinne:...
Apollo:!

Felipe: Eu posso lhe ajudar, é só você me permitir.

Martinne: Ah! Fechou! Você, Johnatan Diêgo, criou mais um para facilitar as coisas.

Felipe: Eu sou mais um. Todos nós somos mais um. Somos iguais, somos pessoas. Somos diferentes, seres pensantes.

Apollo: Legal. Mais um filósofo. Johnatan, não crie um filósofo, não. Crie um rapaz amigo, suave, meigo, forte, que tenha razão e emoção.

Martinne: Nesse caso de criar, criar e criar... Você vai acabar perdendo você mesmo. Para o seu bem, aconselho que não crie mais ninguém.

Felipe: Eu concordo. Mas, excluindo todos para ter de volta você mesmo.

Martinne: Mal chega no circo já deseja aplauso.

Apollo: Johnatan, não seja o mesmo com todas. Seja amigo, seja legal. Eu não posso transparecer, prometo aparecer nos momentos felizes. Agora quando perceber que você está entre amigos, sairei de cena.

Martinne: Eu já deixei clara a minha opinião. Se dedique ao trabalho e aos estudos. Amizade é algo bom, mas não vai comprar um belo futuro. Quanto ao amor, não se preocupe, você encontrará a mãe dos seus filhos. Isso só não vai acontecer se Apollo empatar.

J.D.: Eu queria deixar Apollo no comando. Confesso que tenho medo das loucuras dele.

Apollo: Então deixa o Felipe. Toma um pouco da minha felicidade, Fe. Toma a expressão "garoto" e "garota". Toma meu carinho pelas amizades.

J.D.: Martinne.

Martinne: Eu não darei nada. Isso de dar não faz o meu tipo.

J.D.: Apesar de você crer que tem independência, você não tem! Eu escolho como as coisas devem ser.

Martinne: Ha! Faz-me rir. Se você escolhesse, não estaria feito um pateta. Eu compartilho, infelizmente compartilho, mas eu tenho o direito de aparecer mais. Cinco dias consecutivos. Martinne, Martinne, Martinne, Martinne, Martinne.

Apollo: Não!

J.D.: Porquê não?

Apollo: Ela vai fazer você perder tudo. Ele parece ter toda uma classe, ams joga sujo.

Martinne: Que diga Pessoa "Tudo vale a pena se a alma não é pequena". Mas, não vou colocar nada em xeque-mate.

J.D.: Mesmo que você tente, você não vai...

Apollo: Não, Johnatan. Você criou este idiota e não o conhece.

Martinne: É... o palhaço do Apollo está evoluindo para palhaçomon.

Felipe: Vocês são tão complicados. Pra quê isso gente? Johnatan, por qual motivo não colocou meu nome de Johnatan, afinal eu sou você.

J.D.: É para diferenciar.

Felipe: Você vai deixar seus amigos loucos.

Apollo: Noooossa, Felipinho. Gostei da certeza.

Martinne: Ai que tédio! Pois bem, Felipe. Darei-lhe um pouco da minha razão, do meu conhecimento em humanas.

Apollo: Sinceramente, acho que o Felipe dispensa essas suas coisas. Johnatan?

J.D.: Oi.

Apollo: Só acho ele muito na dele, isso não é bom.

J.D.: Mas você acabou de dá felicidade.

Apollo: É verdade. Vamos esperar para ter uma certeza.

J.D.: Apollo.

Apollo: Eu!

J.D.: Qual é a graça que você vê em Junior?

Apollo: Ele me passa uma coisa diferente, um risco, uma adrenalina.

J.D.: ...

Apollo: Estou melhorando. Estou louco por Sanny.

J.D.: Somos dois.

(Martinne grita de longe)

Martinne: Três, comigo. Ela é uma princesa, seria uma excelente mulher e uma senhora mãe.

Felipe: Desculpa pela ousadia. Eu acho que Johnatan está confundindo as coisas mais uma vez. Ela só quer amizade dele. Mas eu não posso fingir, somos quatro. Sei-lá, ela é tão disponível, tão menina.

Martinne: Ha! Todos. Efeito dominó. Venhamos e convenhamos, ela tem assunti, ela tem coragem, ela tem humor, ela tem vontade. Sabe o que quer, mas tem dúvida quando pensa em querer.

Apollo: Eu não sei porquê, as palavras de Martinne me cansam. O grande risco está aí, se ela nos decepcionar todos irão cair.

Felipe: Eu vou balançar. Eu tenho meu Deus que não me deixa caí.

Martinne: Amém.

J.D.: Certo. E sobre Vanessa...

Martinne: Pára tudo! Vanessa? Essa menina tem tudo para ser Martinne em versão triângulo, me perdoe a expressão (ninguém entende a piada e só ele acha graça). Me poupe da ignorância de vocês.

Apollo: Vanessa, grande amiga. O que me deixa triste é ela lembrar que não demora na vida das pessoas. Isso machuca. E ela estuda tanto, eu acho tão lindo a vontade de vencer nos olhos dela. Eu quero ser padrinho do casamento dela.

Martinne: Exagerou no uso do "dela".

Apollo: Vai a merda, Martinne.

Martinne: Ops. Essa expressão "Vai a merda!" é minha.

J.D.: Eu sempre disse-lhe: Não goste de mim. Às vezes, tenho medo de machucá-la.

Apollo: Você vai machucá-la se a deixar sem te vê.

Martinne: É... o palhaço agora é conselheiro amoroso.

Apollo: Qual é Martinne? Você tem uma queda por mim?

Martinne: Ha! Nã, não, não Apollo. Eu sei a fruta que gosto. Só vou em uma árvore.

Apollo: Bom saber.

Martinne: Já você... vai sempre a um pomar

Felipe: Todos somos falhas. Nossas dúvidas irão ser nosso progresso.

J.D.: Vanessa é a menina de ouro.

Felipe: Deus reserva uma linda história para aqueles que acreditam que o amor não tem nome nem sobrenome.

J.D.: Jésica?

Martinne: Dispenso. Nunca fui com ela, aliás sempre gostei de andar com Mayane e Mariana. Essa Jéssica é muito passada, distante. Seria excelente para cuidar dos filhos, mas para educar seria um desastre. QI baixo.

J.D.: Mulher só serve para cuidar dos filhos?

Martinne: Homem só serve para trabalhar?

Apollo: Ai gente, os papéis podem mudar. Quanto a Jéssica. Ahn... Sou louco pelo jeito de ser, o sorriso, a sutileza dos atos...

Martinne: A lerdeza de raciocínio, fato comum entre vocês.

Apollo: Ela é demais.

J.D.: Sanny ou Jéssica?

Apollo: Jéh.

Felipe: Jéh.

Martinne: San.

Martinne: E você?

J.D.: S.

Martinne: Ha! Empatou. Crie mais um cara aí pra desempatar, que tal, Gepeto?

J.D.: Hahahahaha. Boa, Martinne.

Apollo: Quero mudar de resposta.

Martinne: Mude.

Apollo: Não escolho ninguém. Mesmos endo fascinado por Jéssica.

Martinne: Apollo. Você já parou pra pensar que é você o grande responsável pelo gostar tanto? Você ama Sanny, ama Jéssica, ama...

J.D.: Oh... Parou, sem ofender. Gente, obrigado pela atenção. Martinne, fico devendo um dia seu. Apollo você está de férias. Felipe, bem-vindo. E tá bom.

Apollo: Que todos tenham uma boa noite!

Martinne: Que todos se fodam!

Felipe: Deus guarde nossos sonhos.

J.D.: Amém.

Textos que estariam no lixo (II)

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(Em 17 de Julho de 2007, estava no terceiro ano do ensino médio e acabara de receber uma proposta adicional de turno laboral. Até então trabalhava como menor aprendiz durante o turno matutino, pensando em aceitar a proposta fui...)

Antes vejo a ira nos olhares e as raivas nos atos. Um erro, um vacilo, um descuido, assim se passa o decorrrer dos meus futuros passos.

Caminho sem volta, saída e chegada, os melhores continuam. Um ato, um erro, um vacilo; vejo o meu sange congelar.

Quem é o homem de gelo? Quem é o louco sonhador? Quem é aquele garoto que brincava de ser escritor? Quem eu sou? Quem eu fui? Quem eu sou?

Eu só me perguntarei quem realmente sou.

Se não basta saber, me pergunto: onde estou?

Antes, vejo o garoto que crescia, o menino que ria e que queria sonhar. Um desejo, um ato, um erro; o que me falta? O que você me diz?

Nesta aula de química eu já me perdi... Energia, Entalpia, reagente, produto! Que é isso?

Textos que estariam no lixo (I)

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(Não sei o motivo de ter escrito isso. Parece uma revolta de um pseudo-escritor que sofre por ter uma literatura centrada no mundo coesivo e coerente. Algo me levou a ter piedade e registrá-los aqui...)


Nenhum caderno é puro,
nenhuma virgem é santa.
Porém, toda santa deve ser virgem.

Não existe um inteligente que sabe tudo.
Embora exista um sabe tudo que é um baita do inteligente.

Esta não é a primeir folha escrita,
pois a primeira escrita não foi na folha.
Não foi ou foi?

Só queria escrever
sem antes vê a folha rabiscada.
É isso. Eu queria jogar sem pensar.

Gosto do jogo.
Meus eus quixotes ao lado do mim casmurro,
incerteza certeza.

Ou certeza incerta?
Não sei. Ou sei?
Sei não.
Não devo saber.
É tão fácil ser contraditório, louco e "artista".