E no último minuto da vida dela, pensou que estaria no fim, mas ninguém está no fim, ninguém vive o fim, não há fim, nunca existiu. As coisas apenas param de funcionar por esquecermos dela ou não termos mais o prazer de tê-las, descobriu.
Foi tudo tão de repente que de repente mesmo ela começou a escutar vozes, de repente mesmo, ela começou a dançar sobre a cama com o travesseiro. Flutuava.
- Nunca acreditei em espiritismo, nunca!
Não era espiritismo. Era tudo tão louco e tão novo, eis mais uma descoberta: As novidades que as loucuras trazem, bem como o inverso do reverso invertido.
As palavras perdiam a lógica. O significante exercia independência das formas.
Ela correu, correu, correu atrás de oxigênio. Forçou uma relação de mutualismo com a Margarida do jardim. Já não dava mais. O mundo cansou dela, ela não sabia respirar como o mundo precisa de gente que o inspire.
O mundo estava ainda no começo de uma prolongada chacina.
segunda-feira, fevereiro 7
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1 Response to A Mulher no Quarto
Quee coisaa... Adoreii a partee sobre o fim', ou melhor, onde não ha fim rs... Gosteii disso. Agora acho q não mesmo!!!
Abraços
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