Não sei se começarei a escrever um texto poético, uma poesia vestida de prosa, sei que começar pelo não sei trespassa um ponto de constante tensão, a mulher, as Evas de Clarice.
Que situação essa da mulher mesmo, Claudete! E quanto tempo estive alienado, e por quantas vezes precisarei viver epifanias do tipo para enxergar a realidade. Só que a realidade é tão convulsiva e tempestuosa, tão densa e tão perigosa. Será que as tais das cotas não deveriam existir para as mulheres?!
Mas eu acho (e o verbo é esse mesmo) que as mulheres não colocam no lugar de seres, e sim no lugar de estares, condicionadas por elas mesmas e sempre que um grito ousar clamar liberdade e testemunho febril da existência, milhares de outros gritarão cantando a maravilha de ser um "objeto" vazio, escuro.
segunda-feira, abril 11
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