Ilustração de vento, dor e calma
corria na praia sem medo de nada.
O céu bonito, a areia quente.
O tempo instável, a brisa morna.
Foi lamentando o inevitável
ainda de pés descalços calejados de sofrer
perdurava a sua existência imperceptível,
não notavam nem ligavam nem amavam sequer sorriam.
Receberam sorrisos transparentes
com dentes cerrados de tamanha farsa.
Vivera feliz antes de notarem os estigmas,
e agora ali de traje de banho ultrajando uma coragem
percebia os olhares ratificados de nojo como se caregasse lepra.
Olhava seu próprio corpo e de tanta vergonha deixou-se à submersão marítima.
Correra ao mar imenso,
parecia correr para seu interior.
E por lá ficou.
Lá ficou.
Sem cor.
terça-feira, maio 4
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