Tirei o dia certo para ser feliz. O dia de fugir da rotina sem colocar minha vida em risco, aliás o único risco era o risco de morrer... morrer de alegria! Foi sexta-feira, 07 de maio de 2010, eu e meu irmão fomos ao Nilo Coelho, ao N7, no dia 07. E fomos calados, parecia que poupávamos energia para o sábado que ameaçava irromper em instantes durante o trajeto ainda quase iniciado. Eis que vamos ao sábado.
E vamos direto para o cenário noturno, no qual combinado ficou de irmos ao circo, eu, minha prima, minha prima mais nova e meu irmão quase mais novo. E fomos. E por lá tramamos algo para fugir do tédio que assombrava a arquibancada arrependida de ter pago R$ 2,00 pelo ingresso.
- Vamos invadir o picadeiro?
- Eu duvído! Eu duvído que você faça isso!
- Vamos, Tarciane?
- Vamos!
Minha prima e meu irmão quase mais novo foram para a arquibancada esperar o nosso medo invisível no picadeiro que estava com dois palhaços atuando. Eu e minha prima mais nova estávamos caminhando sorrateiramente pelo inexorável destino das dezenas de olhos querentes de algo novo, algo feito de escape a cores novas. Bem próximos da lona que escondia o palco dos bastidores...
- Você vai mesmo?
Eu disse que iria, e fui, e segurei a mão dela e fomos... Dezenas de cores, os palhaços de costa para nós até que perceberam os olhares intrigados do que havia por trás deles. E por trás dos fazedores de alegria, nossa felicidade e coragem de está ali. Por alguns segundos me senti feliz... uma felicidade que talvez não tenha nome nem definição, talvez nem fosse felicidade e sim outro nome que não sei o nome nem como explicar. Saimos de cena sem ninguém por nos tirar de lá. Saimos pois já havia satisfeito os olhares dos nossos primos e as pessoas.
- Erraram a porta do cemitério, foi? - perguntou um dos palhaços.
(risos)
Devemos ter nossos próprios palhaços em tal mundo doente, muito doente. Sejamos, e tenhamos um picadeiro a todos.
domingo, maio 9
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