I) de tocar violão e cantar, cantar, cantar...
II) de escandir um poema.
III) de entender, compreender, saber, viver tudo isso.
IV) de ter (ou confirmar a existência já presente em minha vida) de amigos espertos, inteligentes, sábios, amigos.
V) de assistir a peças teatrais, degustando vinho.
VI) de dialogar um papo abstrato, sem me perder.
VII) de ser doutor. e ser perfeito.
sexta-feira, julho 30
quarta-feira, julho 28
Cortaram a Água dos Apartamentos
0
Cortaram a água de minha casa. Moro num apartamento, são exatos oito apartamentos. Oito famílias sem água (para dramatizar a situação, +ou- 7 crianças, 2 senhoras de idade, +ou- 5 jovens, +ou - 15 adultos e o meu irmão adolescente, o único adolescente, graça ao pai!), uma tristeza ter de descer (e subir, o pior) pelas tantas escadarias, um degrau que antecede mais ou menos 60. Situo-me no apartamento 07, o último é o 08.
Balde pra cá, almoço em outro lugar, não tomo café, ainda bem que o trabalho não começou. Já pensou? Que sofrimento! Que tristeza!
Culpa da mulher do apartamento 01, ela que não pagava as contas desde 2005. Quase R$ 5.000,00 de débito. Geralmente, quando moramos em apartamento, há uma bomba que empurra a água para cima e despeja numa caixa comum cujo papel é redistribuir a água às demais caixas. A caixa responsável pela redistribuição é a caixa do apartamento 07. Logo, ficam todos atrelados a uma caixa e, principalmente, a mulher do apartamento 01 que possui a bomba numa varanda.
Mediante a tudo, o pior é imaginar que há a possibilidade de mudança de casa, algo que eu não gostaria de jeito nenhum, a não ser que fosse para minha casa definitiva, propriedade da família, num condomínio, sonho de infância! A dona do apartamento 01, ai, ai, estava era namorando no Gol Vermelho do namorado, ontem à noite. E o proprietário dos apartamentos, um tal de João Santana, disse:
- Se quiserem, saiam!
Após ter sido ameaçado por abandonamento dos lares de todos os moradores.
Nunca morei numa casa que fosse minha. Sempre nas casas dos outros e pagando aluguéis. Sinto um pena tão grande de minha vó; ela faz as contas em todo começo de findar dos meses. Num papelzinho, ela me amostra e diz a situação, isso desde eu ter meus doze anos. Embora, escutasse ela falando para os outros quando tinha meus sete anos. Cresci condicionado a isso, objetivando isso, clamando a Deus por isso. Isso o quê? Isso da casa própria. Deus queira que essa seja a nossa última penitência, antes de concretizar a maior abstração de vida da minha família.
Fico aproveitando essa situação como se fosse a última desgraça, um último acerto nos caminhos das vidas. Mas, estou sem água, logo morando a menos de um quilômetro do Rio São Francisco. Ironia pura. Só poderia ser coisa do meu Deus Marquesiano. Rir ou chorar? Bem, não sei. Para ambos os sentimentos precisarei de água, eu estou sem água.
(Suspenderam o fornecimento de água aos apartamentos, se caso faça redação, seja purista ou qualquer filho da puta desses que deseja o escrever/falar correto em meio a quaisquer crises)
Observação: Tudo aqui citado, narrado, exposto é real. Atente ao marcador da postagem e verá "Não-Ficção". Esclareço mais, eu sou o narrador personagem.
Balde pra cá, almoço em outro lugar, não tomo café, ainda bem que o trabalho não começou. Já pensou? Que sofrimento! Que tristeza!
Culpa da mulher do apartamento 01, ela que não pagava as contas desde 2005. Quase R$ 5.000,00 de débito. Geralmente, quando moramos em apartamento, há uma bomba que empurra a água para cima e despeja numa caixa comum cujo papel é redistribuir a água às demais caixas. A caixa responsável pela redistribuição é a caixa do apartamento 07. Logo, ficam todos atrelados a uma caixa e, principalmente, a mulher do apartamento 01 que possui a bomba numa varanda.
Mediante a tudo, o pior é imaginar que há a possibilidade de mudança de casa, algo que eu não gostaria de jeito nenhum, a não ser que fosse para minha casa definitiva, propriedade da família, num condomínio, sonho de infância! A dona do apartamento 01, ai, ai, estava era namorando no Gol Vermelho do namorado, ontem à noite. E o proprietário dos apartamentos, um tal de João Santana, disse:
- Se quiserem, saiam!
Após ter sido ameaçado por abandonamento dos lares de todos os moradores.
Nunca morei numa casa que fosse minha. Sempre nas casas dos outros e pagando aluguéis. Sinto um pena tão grande de minha vó; ela faz as contas em todo começo de findar dos meses. Num papelzinho, ela me amostra e diz a situação, isso desde eu ter meus doze anos. Embora, escutasse ela falando para os outros quando tinha meus sete anos. Cresci condicionado a isso, objetivando isso, clamando a Deus por isso. Isso o quê? Isso da casa própria. Deus queira que essa seja a nossa última penitência, antes de concretizar a maior abstração de vida da minha família.
Fico aproveitando essa situação como se fosse a última desgraça, um último acerto nos caminhos das vidas. Mas, estou sem água, logo morando a menos de um quilômetro do Rio São Francisco. Ironia pura. Só poderia ser coisa do meu Deus Marquesiano. Rir ou chorar? Bem, não sei. Para ambos os sentimentos precisarei de água, eu estou sem água.
(Suspenderam o fornecimento de água aos apartamentos, se caso faça redação, seja purista ou qualquer filho da puta desses que deseja o escrever/falar correto em meio a quaisquer crises)
Observação: Tudo aqui citado, narrado, exposto é real. Atente ao marcador da postagem e verá "Não-Ficção". Esclareço mais, eu sou o narrador personagem.
sexta-feira, julho 23
Miss Srajevo e a infame condição humana
2
(A banda irlandesa canta e desencanta a capacidade fantástica da sociedade conivente às maiores atrocidades sociais. Sendo mais preciso: enquanto havia mortes e mortes em determinado país, havia por ali o concurso de Miss. É a futilidade anunciada desde já. Escape, placebo, elementos paliativos?! Aqui, nessa música e nesse discuro, encontro reforço no que mais me pasma, me assombra, me fascina na vida, é o tão breve e tão longo Tempo; seja na bíblia em Eclesiastes ou na voz de Bono Vox).
Há momentos para ficar afastado
Momentos para desviar o olhar
Há momentos para baixar a cabeça
Para ir em frente com seu dia
Há momentos para usar kohl e batom
Momentos para enrolar o cabelo
Momentos para fazer compras na avenida
Para encontrar o vestido certo para se usar
Aí vem ela
Todos se viram para vê-la
Aí vem ela
Para receber sua coroa
Há momentos para fugir
Momentos para beijar e sair comentando
Há momentos para cores diferentes
Nomes diferentes que você acha complicado escrever
Há momentos para a primeira comunhão
Momentos para East 17
Há momentos para voltar-se a Meca
Há momentos para ser miss
Aí vem ela
A mais bela recebendo a coroa
Aí vem ela
Surreal com sua coroa
Você diz que o rio
Encontra seu caminho para o mar
E assim como o rio
Você virá para mim
Além das fronteiras
E dos desertos
Você diz que, como o rio
Semelhante ao rio
O amor virá
Amor
E eu não consigo mais rezar de forma alguma
E eu não consigo mais ter esperança no amor de forma alguma
E eu não consigo mais esperar pelo amor de forma alguma
Há momentos para amarrar fitas
Há momentos para árvores de Natal
Há momentos para arrumar a mesa
Há momentos quando a noite está congelante
(Letra da música "Miss Sarajevo", U2)
E seus momentos, como têm divido, como têm sido? Eles são seus?
Há momentos para ficar afastado
Momentos para desviar o olhar
Há momentos para baixar a cabeça
Para ir em frente com seu dia
Há momentos para usar kohl e batom
Momentos para enrolar o cabelo
Momentos para fazer compras na avenida
Para encontrar o vestido certo para se usar
Aí vem ela
Todos se viram para vê-la
Aí vem ela
Para receber sua coroa
Há momentos para fugir
Momentos para beijar e sair comentando
Há momentos para cores diferentes
Nomes diferentes que você acha complicado escrever
Há momentos para a primeira comunhão
Momentos para East 17
Há momentos para voltar-se a Meca
Há momentos para ser miss
Aí vem ela
A mais bela recebendo a coroa
Aí vem ela
Surreal com sua coroa
Você diz que o rio
Encontra seu caminho para o mar
E assim como o rio
Você virá para mim
Além das fronteiras
E dos desertos
Você diz que, como o rio
Semelhante ao rio
O amor virá
Amor
E eu não consigo mais rezar de forma alguma
E eu não consigo mais ter esperança no amor de forma alguma
E eu não consigo mais esperar pelo amor de forma alguma
Há momentos para amarrar fitas
Há momentos para árvores de Natal
Há momentos para arrumar a mesa
Há momentos quando a noite está congelante
(Letra da música "Miss Sarajevo", U2)
E seus momentos, como têm divido, como têm sido? Eles são seus?
domingo, julho 18
Uma Possibilidade
1
Senhores leitores e Senhoras leitoras, senhoritas e moços, moças e rapazes, meninas e meninos, homens e mulheres, vírus virtuais, informo:
HÁ UMA MONTÁVEL POSSIBILIDADE DE DIMINUIR O NÚMERO DE TEXTOS NO BLOG.
Vai ser melhor assim. Menos textos e mais qualidade, mais palavras intumescidas e tempo para eu ler e aperfeiçoar na labuta. Então, para ser bem preciso, fecharei um acordo com restritos e adoráveis leitores. Bem simples. Mensalmente no mínimo 2 publicações, no máximo 12.
A cabo, digo:
+ou- 4 (referência de leituras)
+ou- 2 (de caráter pessoal)
+ou- 3 (de caráter filosófico)
+ou- 3 (carta branca, livre escolha, elemento surpresa)
Espero não ter sido efusivo com tal decisão. É tempo de ler muito, escutar muito, pensar muito, questionar muito e falar pouco, falar o suficiente, falar o necessário, falar o que precisa ser dito. Para um dia descarregar nas páginas de um livro, tudo, tudo aquilo que ficou entalado. Vamos em frente, doravante... Julho é livre; Agosto, não.
Abraço, beijo, carinho.
(Qualquer proposta, sugestão, será bem acolhida)
HÁ UMA MONTÁVEL POSSIBILIDADE DE DIMINUIR O NÚMERO DE TEXTOS NO BLOG.
Vai ser melhor assim. Menos textos e mais qualidade, mais palavras intumescidas e tempo para eu ler e aperfeiçoar na labuta. Então, para ser bem preciso, fecharei um acordo com restritos e adoráveis leitores. Bem simples. Mensalmente no mínimo 2 publicações, no máximo 12.
A cabo, digo:
+ou- 4 (referência de leituras)
+ou- 2 (de caráter pessoal)
+ou- 3 (de caráter filosófico)
+ou- 3 (carta branca, livre escolha, elemento surpresa)
Espero não ter sido efusivo com tal decisão. É tempo de ler muito, escutar muito, pensar muito, questionar muito e falar pouco, falar o suficiente, falar o necessário, falar o que precisa ser dito. Para um dia descarregar nas páginas de um livro, tudo, tudo aquilo que ficou entalado. Vamos em frente, doravante... Julho é livre; Agosto, não.
Abraço, beijo, carinho.
(Qualquer proposta, sugestão, será bem acolhida)
Aquele Olhar de Brisa
0
(Monte as peças, acerte o jogo, decifra-me ou devoro-te!)
Hipnotiza, concorda? O olhar, aquele olhar machadiano e se não for do estirpe, mais elevado será. Eu digo mesmo qualquer coisa por aqui, como se estivesse alado nesse espaço irreal(Realidade, que seria?).
Sem o menor relacionamento para elogios e críticas, sobrevivem os críticos que criticam qualquer coisa independentemente do nível afetivo, social, econômico das coisas criticadas. Não, não me coloco no papel de um crítico bonzinho ou mordaz; isso é só um argumento para caso o alvo do texto venha a ler.
O olhar de brisa é terrível, porque você pensa que é uma brisa qualquer, e não é, acredite. Vem um vento quente e depois a inflamação contagia o espírito (dos sensíveis a olhares) e há a invasão, sem pedir licença e sem pagar pedágio, de todos os seus sentidos. Pelo menos é assim comigo. E é bom está de longe quando se observa; consigo imaginar, fomentar, fermentar as coisas.
Eu vou treinar muito para fazer um olhar com brisa. No teatro, num espetáculo... um olhar desses... no cinema, nas novelas... um olhar desses... descontruiria qualquer base filosófica. Mas, um olhar desses é fácil de perder nos olhares de homens malditos ou mulheres malditas que não reconhecem a preciosidade do brilho daquele olhar.
E tem olhar pra tudo, já notou? Olhar pra dizer não, dizer sim. Olhar pra mentir, pra falar a verdade. Brisa tem um estorvo no olhar, uma calmaria e uma intensidade que faz qualquer um levantar da cadeira (ou permanecer sentado e aflito por não ter postura). Feito olhar para o mar calmo e repentinamente sentir um maremoto. E lógico, tudo naquele rosto dá ensejo e moldura as amêndoas, a tão dita "Janela da Alma", pobre chavão, redutibilidade infame.
É muito díficil encontrar um olhar com brisa, principalmente para mim. Vale, definitivamente, vale a fugacidade de instantes; vale para prostrar-se diante das reminiscências...
MODE OFF: Se o ato de ignorar-me não existisse, eu não escreveria tudo isso. Penso ser minúsculo, desprezível e reles refletido numa partícula de suas pupilas, um espaço tão pequeno cujo retorno é quase a não-existência. Um dia eu te dedico uma personagem, e você nunca saiba disso. Sei-lá, depende muito da "aleatoriedade" das nossas escolhas.
Hipnotiza, concorda? O olhar, aquele olhar machadiano e se não for do estirpe, mais elevado será. Eu digo mesmo qualquer coisa por aqui, como se estivesse alado nesse espaço irreal(Realidade, que seria?).
Sem o menor relacionamento para elogios e críticas, sobrevivem os críticos que criticam qualquer coisa independentemente do nível afetivo, social, econômico das coisas criticadas. Não, não me coloco no papel de um crítico bonzinho ou mordaz; isso é só um argumento para caso o alvo do texto venha a ler.
O olhar de brisa é terrível, porque você pensa que é uma brisa qualquer, e não é, acredite. Vem um vento quente e depois a inflamação contagia o espírito (dos sensíveis a olhares) e há a invasão, sem pedir licença e sem pagar pedágio, de todos os seus sentidos. Pelo menos é assim comigo. E é bom está de longe quando se observa; consigo imaginar, fomentar, fermentar as coisas.
Eu vou treinar muito para fazer um olhar com brisa. No teatro, num espetáculo... um olhar desses... no cinema, nas novelas... um olhar desses... descontruiria qualquer base filosófica. Mas, um olhar desses é fácil de perder nos olhares de homens malditos ou mulheres malditas que não reconhecem a preciosidade do brilho daquele olhar.
E tem olhar pra tudo, já notou? Olhar pra dizer não, dizer sim. Olhar pra mentir, pra falar a verdade. Brisa tem um estorvo no olhar, uma calmaria e uma intensidade que faz qualquer um levantar da cadeira (ou permanecer sentado e aflito por não ter postura). Feito olhar para o mar calmo e repentinamente sentir um maremoto. E lógico, tudo naquele rosto dá ensejo e moldura as amêndoas, a tão dita "Janela da Alma", pobre chavão, redutibilidade infame.
É muito díficil encontrar um olhar com brisa, principalmente para mim. Vale, definitivamente, vale a fugacidade de instantes; vale para prostrar-se diante das reminiscências...
MODE OFF: Se o ato de ignorar-me não existisse, eu não escreveria tudo isso. Penso ser minúsculo, desprezível e reles refletido numa partícula de suas pupilas, um espaço tão pequeno cujo retorno é quase a não-existência. Um dia eu te dedico uma personagem, e você nunca saiba disso. Sei-lá, depende muito da "aleatoriedade" das nossas escolhas.
sexta-feira, julho 16
Intervenção Urbana
0
"Bom Dia. Gostaria de te dar uma palavra, eu posso?"
A cidade corre, os carros correm, as pessoas andam (correndo) e a gente estava tentando pará-las. Coisa de teatro, dessa gente que pensa que pode mudar um pedaço de terra sagrado um dia já citado por J.D. Salinger. As pessoas, assim, rápidas e sem pensar muito, parecem robôs programados para resolverem problemas, saca? Problema, música impecável do grupo musical Titãs?
"Cada qual com o problema que lhe convém
Quem não tem invente
Pegue de algum parente
Mastigue pedra pra ter dor de dente
Escreva uma carta para o presidente
Arranje um problema para ser mais decente
Se você quiser eu te dou um de presente
Invente o seu problema"
Eu mesmo, nessa idéia de jogar com os transeuntes, levei uns quatros tocos.
Estou apressado. Se for coisa de evangélico, não quero ouvir. Rápido que tenho um audiência.
Eu tentava estabelecer uma relação justamente com essas pessoas "apressadas", mas, porra, elas realmente tinham um objetivo e por isso andavam (correndo). Quem sai por aí andando sem rumo? Talvez, até os loucos andem com um propósito: o de se perderem.
Por isso, não tiro a razão dessas pessoas machucadoras de intervencionistas urbanos. Não, não tiro. No entanto, esses intervencionistas muitas vezes não as encontra ao acaso. Foi dessa forma e dessa palavra com a Dona Ivone, linda senhora, uma flor esquecida no jardim e cercada de uns homens que pareciam proteger aquela preciosidade rara. Homens de moto-táxi ao redor da banquinha de doces.
Dona Ivone foi a terceira pessoa abordada. Antes dela, tentei abordar uma senhora corpulenta e fracassei. Em seguida, abordei mãe e filha de mãos dadas, e perguntei a bússola do projeto: O que é Nostalgia? Elas demoraram um pouquinho para responder, até pronunciarem a palavra que eu menos esperava como primeira definição de nostalgia. Fulminante: SO/LI/DÃO. Quem me conhece, sabe. Sabe que essa palavra remete facilmente ao meu vocabulário próprio e associa-se efetivamente com ele, com quem? O destinador de Cem Anos de Solidão. Aí depois veio Dona Ivone.
Não tive como fingir para a flor esquecida no jardim, embora eu tenha tentado. A senhora foi me descontruindo, arrebatava toda coerência do jogo dramático. E foi falando, me dizendo, escutava, opinava. Sabe quando você num dá nada por uma pessoa? Sabe quando você pensa que é só mais uma pessoa? E de repente é tudo muito maior? Exatamente assim. Eu queria muito encontrar uma pessoa afetiva. Coisa de neto apegado a uma avó. Dentre as profissões possíveis se não fosse o mundo literário, não hesito em dizer que seria Médico. Geriatra. Médico Geriatra. A definição de nostalgia da D. Ivone? Em breve coloco aqui: "...". É que quero as palavras exatas as quais não lembro e permanecem anotas no caderno da minha amiga Ádila.
Foram muitas definições sobre Nostalgia. Muitos olhares também. Teve uma outra senhora, de pele escura, que acreditou tanto nas minhas palavras... Eu a disse que o dicionário (eu carregava um dicionário) não me servia, pois a definição não correspondia ao meu sentimento. No dicionário Aurélio: Saudade da pátria; saudade. E ela olhou para mim, intrigada e cheia de compaixão, "esses dicionário não diz mesmo o que a gente quer não". Emudecido fixei o olhar no olhar dela. "É saudade de alguém, só que eu não sei quem é, saudade de alguma coisa".
- Eu perdi um tio...
- Ah, é isso. É isso.
- A senhora também tem isso?
- Tenho, meu filho. Eu tenho. Tenho saudade de minha filha que viajou agora, um dia desse.
Cada preciosidade. Cada pessoa brilhante passa pela gente e a gente passa por ela e nada acontece, a não ser um vento frio cortado por corpos andantes (correntes, corridos, que correm).
A cidade corre, os carros correm, as pessoas andam (correndo) e a gente estava tentando pará-las. Coisa de teatro, dessa gente que pensa que pode mudar um pedaço de terra sagrado um dia já citado por J.D. Salinger. As pessoas, assim, rápidas e sem pensar muito, parecem robôs programados para resolverem problemas, saca? Problema, música impecável do grupo musical Titãs?
"Cada qual com o problema que lhe convém
Quem não tem invente
Pegue de algum parente
Mastigue pedra pra ter dor de dente
Escreva uma carta para o presidente
Arranje um problema para ser mais decente
Se você quiser eu te dou um de presente
Invente o seu problema"
Eu mesmo, nessa idéia de jogar com os transeuntes, levei uns quatros tocos.
Estou apressado. Se for coisa de evangélico, não quero ouvir. Rápido que tenho um audiência.
Eu tentava estabelecer uma relação justamente com essas pessoas "apressadas", mas, porra, elas realmente tinham um objetivo e por isso andavam (correndo). Quem sai por aí andando sem rumo? Talvez, até os loucos andem com um propósito: o de se perderem.
Por isso, não tiro a razão dessas pessoas machucadoras de intervencionistas urbanos. Não, não tiro. No entanto, esses intervencionistas muitas vezes não as encontra ao acaso. Foi dessa forma e dessa palavra com a Dona Ivone, linda senhora, uma flor esquecida no jardim e cercada de uns homens que pareciam proteger aquela preciosidade rara. Homens de moto-táxi ao redor da banquinha de doces.
Dona Ivone foi a terceira pessoa abordada. Antes dela, tentei abordar uma senhora corpulenta e fracassei. Em seguida, abordei mãe e filha de mãos dadas, e perguntei a bússola do projeto: O que é Nostalgia? Elas demoraram um pouquinho para responder, até pronunciarem a palavra que eu menos esperava como primeira definição de nostalgia. Fulminante: SO/LI/DÃO. Quem me conhece, sabe. Sabe que essa palavra remete facilmente ao meu vocabulário próprio e associa-se efetivamente com ele, com quem? O destinador de Cem Anos de Solidão. Aí depois veio Dona Ivone.
Não tive como fingir para a flor esquecida no jardim, embora eu tenha tentado. A senhora foi me descontruindo, arrebatava toda coerência do jogo dramático. E foi falando, me dizendo, escutava, opinava. Sabe quando você num dá nada por uma pessoa? Sabe quando você pensa que é só mais uma pessoa? E de repente é tudo muito maior? Exatamente assim. Eu queria muito encontrar uma pessoa afetiva. Coisa de neto apegado a uma avó. Dentre as profissões possíveis se não fosse o mundo literário, não hesito em dizer que seria Médico. Geriatra. Médico Geriatra. A definição de nostalgia da D. Ivone? Em breve coloco aqui: "...". É que quero as palavras exatas as quais não lembro e permanecem anotas no caderno da minha amiga Ádila.
Foram muitas definições sobre Nostalgia. Muitos olhares também. Teve uma outra senhora, de pele escura, que acreditou tanto nas minhas palavras... Eu a disse que o dicionário (eu carregava um dicionário) não me servia, pois a definição não correspondia ao meu sentimento. No dicionário Aurélio: Saudade da pátria; saudade. E ela olhou para mim, intrigada e cheia de compaixão, "esses dicionário não diz mesmo o que a gente quer não". Emudecido fixei o olhar no olhar dela. "É saudade de alguém, só que eu não sei quem é, saudade de alguma coisa".
- Eu perdi um tio...
- Ah, é isso. É isso.
- A senhora também tem isso?
- Tenho, meu filho. Eu tenho. Tenho saudade de minha filha que viajou agora, um dia desse.
Cada preciosidade. Cada pessoa brilhante passa pela gente e a gente passa por ela e nada acontece, a não ser um vento frio cortado por corpos andantes (correntes, corridos, que correm).
domingo, julho 11
Eu Perdi um Filho
5
Minha vó sempre diz aqui por casa e sempre reafirma quando alguma senhora murmura em reportagens sobre a morte dos seres paridos. Ela diz: "Só sabe da dor quem perde".
Hoje, fui à aula de teatro. Não iria, ficaria em casa estudando os conteúdos do concurso do Ministério Público da União não fosse a ligação do Sandro. Ele é um estudante de teatro, amante, apaixonado por Cinema; me ligou para saber qual filme eu tinha pedido e eu o disse: "Once".
Pronto. Por isso que fui ao teatro, especialmente para pegar o filme Once (traduzido em versão brasileira para "Apenas uma Vez").
Antes disso, nas aulas anteriores de teatro, é preciso citar, estava envolvido na elaboração de um projeto de intervenção urbana cujo subsídio para idéias seria um texto de Julio Cortázar, Carta a uma Senhorita em Paris. Desse conto resultou o mirabolante plano de criarmos ovos de galinha. Eu disse criar, criar mesmo, estabelecer uma relação de família, uma intimidade, uma cumplícidade. Concepção minha e da linda Ádila, estudante de Letras, Ciências Sociais e Teatro.
Eu não sabia dos acontecimentos da aula quase preterida por estudos, compramos os ovos. E pintamos os ovos.
O mais triste e revelador vem agora.
Já acabado de pintar meus dois ovos, pois seriam três filhos para cada um, peguei o próximo. Fui pintando e descobrindo aquela preciosidade pequena na palma da minha mão; tinha feito os olhinhos, a boquinha, o narizinho e terminava de pintá-lo totalmente numa mistura de cores. Ele estava ficando lindo. Estava com mais cuidado com o último, aí descobri a realidade minha. Filhos mais velhos têm chances maiores de servirem como cobaias de tratamento, assim aos poucos a gente vai adquirindo cautela e precisão no tratamento. Foi assim com o caçula.
E de tanto pintar com os dedos, num vacilo abissal e mortal, meu dedo penetrou a finíssima casca e fez um buraco de onde escorreu seu sangue claro e transparente. Uma perplexidade me tirou de mim e me deparei com aquela cena infame. O sangue na minha mão e a casquinha ainda perfurada por um pequeno buraquinho. O rostinho recém-pintado se desconfigurando. Fiquei parado e espantado por longos dez segundos malditos. Limpei o sangue dele, lavei o seu corpo e roguei a Deus para que ele volte em sangue e pele para que eu possa me desculpar pelo ocorrido.
E analisando, observando e sentindo essas dores me assentei na crueldade da vida quando tratamos tanto de uma coisa e essa coisa se perde por fora de nossas mãos. O corpinho dele está aqui em casa, assim como seus dois irmãos. Em breve, muito em breve faremos o velório e terei de abrir mão de tudo que foi construído com meus filhos ovos.
Claro, o nome deles. Gabo é o mais velho, o nome é homenagem ao meu escritor supremo, quer saber? Procure no google. O filho do meio, que seria o mais novo se eu não considerasse o pouco tempo do falecido filhinhos, se chama Woody, homenagem ao Woody Allen (sugestão do Sandro). E o mais novo, morto pelos cuidados excessivos das minhas mãos, chama-se... Eu fiquei pensando o tempo todo no nome dele enquanto pintava-o. Não serei mentiroso, não inventarei um nome que não tinha inventado. Portanto, o nome dele é o nome do meu sentimento e ao sentimento que minha vó diz nas palavras de só saber a dor quem passa por ela. Talvez, seja isso, algo sem palavra e sem tempo o suficiente de resumir em parágrafos, opiniãos e poeticidade. É inefável, inexprimível, inexplicável.
Amo vocês, filhos meus.
Hoje, fui à aula de teatro. Não iria, ficaria em casa estudando os conteúdos do concurso do Ministério Público da União não fosse a ligação do Sandro. Ele é um estudante de teatro, amante, apaixonado por Cinema; me ligou para saber qual filme eu tinha pedido e eu o disse: "Once".
Pronto. Por isso que fui ao teatro, especialmente para pegar o filme Once (traduzido em versão brasileira para "Apenas uma Vez").
Antes disso, nas aulas anteriores de teatro, é preciso citar, estava envolvido na elaboração de um projeto de intervenção urbana cujo subsídio para idéias seria um texto de Julio Cortázar, Carta a uma Senhorita em Paris. Desse conto resultou o mirabolante plano de criarmos ovos de galinha. Eu disse criar, criar mesmo, estabelecer uma relação de família, uma intimidade, uma cumplícidade. Concepção minha e da linda Ádila, estudante de Letras, Ciências Sociais e Teatro.
Eu não sabia dos acontecimentos da aula quase preterida por estudos, compramos os ovos. E pintamos os ovos.
O mais triste e revelador vem agora.
Já acabado de pintar meus dois ovos, pois seriam três filhos para cada um, peguei o próximo. Fui pintando e descobrindo aquela preciosidade pequena na palma da minha mão; tinha feito os olhinhos, a boquinha, o narizinho e terminava de pintá-lo totalmente numa mistura de cores. Ele estava ficando lindo. Estava com mais cuidado com o último, aí descobri a realidade minha. Filhos mais velhos têm chances maiores de servirem como cobaias de tratamento, assim aos poucos a gente vai adquirindo cautela e precisão no tratamento. Foi assim com o caçula.
E de tanto pintar com os dedos, num vacilo abissal e mortal, meu dedo penetrou a finíssima casca e fez um buraco de onde escorreu seu sangue claro e transparente. Uma perplexidade me tirou de mim e me deparei com aquela cena infame. O sangue na minha mão e a casquinha ainda perfurada por um pequeno buraquinho. O rostinho recém-pintado se desconfigurando. Fiquei parado e espantado por longos dez segundos malditos. Limpei o sangue dele, lavei o seu corpo e roguei a Deus para que ele volte em sangue e pele para que eu possa me desculpar pelo ocorrido.
E analisando, observando e sentindo essas dores me assentei na crueldade da vida quando tratamos tanto de uma coisa e essa coisa se perde por fora de nossas mãos. O corpinho dele está aqui em casa, assim como seus dois irmãos. Em breve, muito em breve faremos o velório e terei de abrir mão de tudo que foi construído com meus filhos ovos.
Claro, o nome deles. Gabo é o mais velho, o nome é homenagem ao meu escritor supremo, quer saber? Procure no google. O filho do meio, que seria o mais novo se eu não considerasse o pouco tempo do falecido filhinhos, se chama Woody, homenagem ao Woody Allen (sugestão do Sandro). E o mais novo, morto pelos cuidados excessivos das minhas mãos, chama-se... Eu fiquei pensando o tempo todo no nome dele enquanto pintava-o. Não serei mentiroso, não inventarei um nome que não tinha inventado. Portanto, o nome dele é o nome do meu sentimento e ao sentimento que minha vó diz nas palavras de só saber a dor quem passa por ela. Talvez, seja isso, algo sem palavra e sem tempo o suficiente de resumir em parágrafos, opiniãos e poeticidade. É inefável, inexprimível, inexplicável.
Amo vocês, filhos meus.
sexta-feira, julho 9
Controle
4
O Controle de sua vida funciona?
Controle seu tempo e me diga a receita.
Controle seu carro e me diga seu mecânico.
Controle compra-se onde?
Você controla suas compras?
Seu destino é seu?
Sua vida é só sua?
Tem certeza?
E seu controle vai bem?
Controle sua raiva ao ler tantas perguntas.
Você consegue controlar seu controle?
O amor é controlável?
Controle-se, vamos lá.
Pense no seu controle,
controle sua mente,
responda-se.
Controle seu tempo e me diga a receita.
Controle seu carro e me diga seu mecânico.
Controle compra-se onde?
Você controla suas compras?
Seu destino é seu?
Sua vida é só sua?
Tem certeza?
E seu controle vai bem?
Controle sua raiva ao ler tantas perguntas.
Você consegue controlar seu controle?
O amor é controlável?
Controle-se, vamos lá.
Pense no seu controle,
controle sua mente,
responda-se.
Bruno
0
E quando todas as bolas passam por você e suas mãos já atadas pelos gritos da sociedade não reconhecem as funcionalidades de outrora?
E agora?
Quando tinhamos sido campeões de 2009, quando tinhamos sido glorificados por tantos torcedores apaixonados. E agora? E agora que você está aí nesse abiente fechado, já calado e trucidando a própria mente; vai querer morrer, né? É o único jeito. O arrependimento é tanto quanto o arrepender de querer ter permanecido vivo. Vivo?! De que adianta a vida, você deve está pensando.
De herói até vilão há um certo tempo. Tudo estava preparado, se fomentando para o desfecho da festa. A festa acabou. Ver-te assim é puro senso do fantástico. Um rosto tão conhecido que invadia as casas aos domingos é o mesmo rosto que nunca mais se quer observar.
Olhar para você nesse uniforme laranja e saber que não é um jogador da Holanda, na final da Copa do Mundo, é como estivéssemos olhando para um abismo da realidade. Essa realidade tão profunda que maracará a vida de muitos jovens da minha idade. Nós falaremos na nossa velhice e lembraremos desse tempo e desse destino atroz do goleiro do time de maior torcida de futebol brasileiro.
Pobre homem, pague o preço inefável de uma vida!
O mais sensato é pagar com a tua própria; é até mais barato do que a pensão, no seu terrível valor e senso moral.
Pobre homem, Pobre espírito. No teu olhar as lamentações ressentidas de um ato arrependido, mas duro como pedra.
E agora?
Quando tinhamos sido campeões de 2009, quando tinhamos sido glorificados por tantos torcedores apaixonados. E agora? E agora que você está aí nesse abiente fechado, já calado e trucidando a própria mente; vai querer morrer, né? É o único jeito. O arrependimento é tanto quanto o arrepender de querer ter permanecido vivo. Vivo?! De que adianta a vida, você deve está pensando.
De herói até vilão há um certo tempo. Tudo estava preparado, se fomentando para o desfecho da festa. A festa acabou. Ver-te assim é puro senso do fantástico. Um rosto tão conhecido que invadia as casas aos domingos é o mesmo rosto que nunca mais se quer observar.
Olhar para você nesse uniforme laranja e saber que não é um jogador da Holanda, na final da Copa do Mundo, é como estivéssemos olhando para um abismo da realidade. Essa realidade tão profunda que maracará a vida de muitos jovens da minha idade. Nós falaremos na nossa velhice e lembraremos desse tempo e desse destino atroz do goleiro do time de maior torcida de futebol brasileiro.
Pobre homem, pague o preço inefável de uma vida!
O mais sensato é pagar com a tua própria; é até mais barato do que a pensão, no seu terrível valor e senso moral.
Pobre homem, Pobre espírito. No teu olhar as lamentações ressentidas de um ato arrependido, mas duro como pedra.
quarta-feira, julho 7
Ahahdtwueisodp
1
Tgdhasgw amanhã qkwjjdkw, rtwbdjwdiwd, wjdjwhduwdjw. Omajdhajs Jjadjakska o akdjakao que Jkadkak noeiwn mejwke é yehwhew yey fjfhw fkwkdjw reyyweyryw wrwrdbkdvpe wkdwh fhgogpx ldce outro cdgdcjvcm bdv nsmf ,dlfjs dia dhwtdbw rm rpr rprpprpr mais fsjdhe Gfaydadk flsldso rprwprw DÍFICIL.
segunda-feira, julho 5
Clack, Clack, Clack
0
Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Tempo, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Tempo, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Tempo, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Tempo, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Tempo, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Tempo, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack, Clack.
Alguns segundos da sua vida.
Alguns segundos da sua vida.
sábado, julho 3
Sobre Hoje
1
e os restantes outros dias...
Desejo, ardentemente, virar ar e flutuar por aí espalhado. Eu tenho me sentido tão abstrato, tão distante, distante do mundo e bem próximo de mim mesmo: tenho me reconhecido feito antes e agora.
Na verdade, eu estou completando o quebra-cabeça da minha personalidade e de quem serei de verdade antes de entregar meu corpo a personagens. Faço teatro, você já deve saber. Sempre tive medo de me perder entre livros e humanos fictícios permanentes e influenciadores; estou me firmando, estou amadurecendo. É tão lindo amadurecer. Sabe o motivo?
A gente descobre a vida incontralável, as coisas incontroláveis e o poder do acaso. Acaso? É o acaso que somado com seus parentes casuais formam o destino. A gente descobre a graciosidade do mais importante em nossas vidas: o tempo. A gente reconhece a conveniência do tempo de amar, sofrer, chorar, rir, calar, emudecer. Há o deleite nas pequenas coisas e a satisfação de saber da sua existência.
Têm pessoas não sensíveis a nada do citado no processo de amadurecimento, elas escolhem outros caminhos. Algumas se empenham em nadar contra a correnteza voraz das horas e se agarram e ficam. Ficam no lugar já estado outrora, e ficam, ficam, ficam. E, de repente, querem ir... porém, vão só. Sozinhas sem correnteza e caladas, e inimigas de si.
Carambola, que diabos hoje aconteceu para você está sentindo tudo isso?
Em linhas rápidas: acordei no horário habitual, almoçei com minha vó, assisti ao jogo da Argentina e Alemanha, fui ao teatro, caminhei sozinho pelas ruas de Juazeiro. E o resto? Tudo está aí, colega, tudo está aí pelo durante. Durante o almoço e olhar doce de minha vó que certo dia me deixará sozinho no planeta. E eu sinto isso, sabe? Sinto essa certeza amarga se fortalecendo como uma espinha que se forma na face e deixa a aspereza no local certo (ontem, eu espremi uma espinha, espinha original mesmo, e apertei muito para ser presenteado com o liquido amarelo-ouro da vitória sangrenta do final).
No dia certo, na hora certa o relógio vital de meus parentes mais próximos expirará. Eu verei meus netos e deixarei-os. Morrerei como qualquer mortal. Será meu fim. Saber disso já me deixa vulnerável.
(O Hoje do texto refere ao dia 03 de Julho de 2010, o texto foi escrito na transição do dia 03 para o 04)
Desejo, ardentemente, virar ar e flutuar por aí espalhado. Eu tenho me sentido tão abstrato, tão distante, distante do mundo e bem próximo de mim mesmo: tenho me reconhecido feito antes e agora.
Na verdade, eu estou completando o quebra-cabeça da minha personalidade e de quem serei de verdade antes de entregar meu corpo a personagens. Faço teatro, você já deve saber. Sempre tive medo de me perder entre livros e humanos fictícios permanentes e influenciadores; estou me firmando, estou amadurecendo. É tão lindo amadurecer. Sabe o motivo?
A gente descobre a vida incontralável, as coisas incontroláveis e o poder do acaso. Acaso? É o acaso que somado com seus parentes casuais formam o destino. A gente descobre a graciosidade do mais importante em nossas vidas: o tempo. A gente reconhece a conveniência do tempo de amar, sofrer, chorar, rir, calar, emudecer. Há o deleite nas pequenas coisas e a satisfação de saber da sua existência.
Têm pessoas não sensíveis a nada do citado no processo de amadurecimento, elas escolhem outros caminhos. Algumas se empenham em nadar contra a correnteza voraz das horas e se agarram e ficam. Ficam no lugar já estado outrora, e ficam, ficam, ficam. E, de repente, querem ir... porém, vão só. Sozinhas sem correnteza e caladas, e inimigas de si.
Carambola, que diabos hoje aconteceu para você está sentindo tudo isso?
Em linhas rápidas: acordei no horário habitual, almoçei com minha vó, assisti ao jogo da Argentina e Alemanha, fui ao teatro, caminhei sozinho pelas ruas de Juazeiro. E o resto? Tudo está aí, colega, tudo está aí pelo durante. Durante o almoço e olhar doce de minha vó que certo dia me deixará sozinho no planeta. E eu sinto isso, sabe? Sinto essa certeza amarga se fortalecendo como uma espinha que se forma na face e deixa a aspereza no local certo (ontem, eu espremi uma espinha, espinha original mesmo, e apertei muito para ser presenteado com o liquido amarelo-ouro da vitória sangrenta do final).
No dia certo, na hora certa o relógio vital de meus parentes mais próximos expirará. Eu verei meus netos e deixarei-os. Morrerei como qualquer mortal. Será meu fim. Saber disso já me deixa vulnerável.
(O Hoje do texto refere ao dia 03 de Julho de 2010, o texto foi escrito na transição do dia 03 para o 04)
Amar
0
é você ter a certeza mais certa que já não há controle; é quebrar todas as fronteiras de sentimentos similares; é encontrar nos olhos do objeto do amor a verdade necessária para permanecer vivo. Eu preciso viver! Why?
"Where are you my angel now don't you see me crying?
And I know that you can't do it all but you can't say
I'm not trying
I'm on my knees in front of him but he doesn't seem to
see me
But all his troubles on his minds, he's looking right
through me
And I'm letting myself down. beside you this fire in
you
And I wish that you could see I have my troubles too"
(The Hill - The Swell Season)
"Where are you my angel now don't you see me crying?
And I know that you can't do it all but you can't say
I'm not trying
I'm on my knees in front of him but he doesn't seem to
see me
But all his troubles on his minds, he's looking right
through me
And I'm letting myself down. beside you this fire in
you
And I wish that you could see I have my troubles too"
(The Hill - The Swell Season)
Assinar:
Postagens (Atom)