sexta-feira, julho 9

Bruno

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E quando todas as bolas passam por você e suas mãos já atadas pelos gritos da sociedade não reconhecem as funcionalidades de outrora?

E agora?

Quando tinhamos sido campeões de 2009, quando tinhamos sido glorificados por tantos torcedores apaixonados. E agora? E agora que você está aí nesse abiente fechado, já calado e trucidando a própria mente; vai querer morrer, né? É o único jeito. O arrependimento é tanto quanto o arrepender de querer ter permanecido vivo. Vivo?! De que adianta a vida, você deve está pensando.

De herói até vilão há um certo tempo. Tudo estava preparado, se fomentando para o desfecho da festa. A festa acabou. Ver-te assim é puro senso do fantástico. Um rosto tão conhecido que invadia as casas aos domingos é o mesmo rosto que nunca mais se quer observar.

Olhar para você nesse uniforme laranja e saber que não é um jogador da Holanda, na final da Copa do Mundo, é como estivéssemos olhando para um abismo da realidade. Essa realidade tão profunda que maracará a vida de muitos jovens da minha idade. Nós falaremos na nossa velhice e lembraremos desse tempo e desse destino atroz do goleiro do time de maior torcida de futebol brasileiro.

Pobre homem, pague o preço inefável de uma vida!
O mais sensato é pagar com a tua própria; é até mais barato do que a pensão, no seu terrível valor e senso moral.

Pobre homem, Pobre espírito. No teu olhar as lamentações ressentidas de um ato arrependido, mas duro como pedra.

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