quarta-feira, janeiro 20

Brasil, Big Brother!

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"Eu sempre estive entre aspas. Ficar triste é um sentimento tão legítimo quanto a alegria. Reclamar do tédio é fácil, díficil é levantar da cadeira para fazer alguma coisa que nunca foi feita.Queria não me sentir tão responsável pelas coisas que acontecem ao meu redor. Felicidade é a combinação de sorte com escolhas bem feitas. Pessoas com vidas intressantes interessam-se por gente que é o oposto delas. Emoção nenhuma é banal se não for autêntica. Dar carto não está relacionado ao ponto de chegada, mas ao durante. O prazer está na invenção da própria alegria, porque é do erro que surgem novas soluções, os desacertos nos movimentam, nos humanizam, nos aproximam dos outros. Enquanto o sujeito nota dez nem consegue olhar pro lado, sob pena de vê seu mundo cair. O mundo já caiu, baby! Só nos resta dançar sobre os destroços. Nosso maior inimigo é... a falta de humor."
(Elenita Rodrigues)


Ontem (19 de Janeiro de 2010) acompanhei o primeiro paredão do Big Brother Brasil, antes disso tinha travado um diálogo sobre o tal programa. No hábito, eu defendi a não-essência do programa.
É aquele sempre fastidioso papo: a televisão é manipuladora! a televisão deixa as pessoas alienadas. O BBB é um programa apelativo, não agrega em nada! É o senso comum dos intelectuais, mas já estou cansado de saber de tudo isso. Vamos oxigenar tais idéias banais! Preservemos algumas, de fato, porém, façamos um novo modelo de se vê o que já foi visto e severamente criticado!

Devo dizer: O livro não agrega em nada, é preciso antes ler! E o processo de leitura não tem nada de simples. Entender signos já estipulados, observar pontos, períodos, orações, sujeitos, tempos verbais... E o BBB é muito disso! É uma codificação demasiado nova. É o remédio chamado novo tédio para o velho tédio! É a confraternização de valores distintos, de um Brasil definitivamente Brasis, de espaços, contextos, CULTURAS! A cultura de atribuir valores, a cultura de respeitar os outros acompanhando a convivência de pessoas feito nós mesmos, pessoas.

Então, ontem terminei de votar setenta e algumas unidades na Joseane. Adoro a Elenita, identificação muito forte pela doutora em linguística. Pedro Bial citou o tempo todo as criações e trechos preferidos da primeira "emparedada". Elenita esteve mesmo no paredão, Bial fez comentários brilhantes e a estratégia do resultado foi muito bem elaborada; Bial é Bial, Brito Junior é Brito Junior, este um piruá, aquele uma pipoca.

O Brasil é um "Big Brother", e eu tal, como muitos brasileiros, não sei que estou sendo vítima de um sistema. Aiii, isso cansa! Eu prefiro ser idiota, assistir Big Brother Brasil, usar eu te amo, ser remunerado pela minha própria paixão, ainda assim se alarmar com os problemas no Haiti, temer o destino da humanidade; em vez de fugir da realidade e da fantasia, desligar a televisão e ser sempre sufocado por um livro, usar drogas e/ou dizer que Deus está morto!

Eu prefiro o Deus vivo, o sangue puro, a mente aberta, o tempo que corre e nós que corremos. Prefiro a vida em desmedida aos instantes dissimulados por "pensamentos evoluídos" na oculta regressão.

Ler o já lido por outras pessoas é definir o que você ainda não definiu, pois uma banana verde pode em outro dia está amarela. Força, Elenita! Força, Serginho! Força, Anamara!

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