domingo, janeiro 24

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Poder voar desse lugar,
saí por aí onde ninguém nunca foi.
Levando comigo todas as raivas do mundo,
carregando dentro de mim todo o futuro e passado da humanidade.

Presentear as pessoas com o presente,
roubar delas todas as expectativas banais.
Revelar o hoje sendo um hoje de novidades a todo instante.
Sacudir o sofá e arrebentar a comodidade, conformismo, sendentarismo.

Me permiti voar,
quebrar os limites universais.
Saí dessa galáxia do desespero iminente.
Escapar de uma sociedade com toda sua mediocridade.

Poder voar para bem longe desse lugar,
bater as asas em ritmo infantil e me transformar no que eu fui;
tornar-me novamente aquela criança que se revira no corpo do homem.
Vivenciar tudo que eu perdi e não aproveitei nessa galáxia de tempos perdidos.

E não olhar para trás,
a não ser que alguma voz que amo,
a não ser que essa voz me peça para ficar.
Então, eu ficarei por aquí por mais triste e infeliz que eu seja!

Toda a minha felicidade seria farsa,
farsa para outra felicidade dependente.
Eu certamente seria o homem mais feliz do mundo,
se conseguisse levar comigo todas as pessoas que eu amo.

Eu não conseguirei levar todos,
eu nunca consegui agradar as pessoas que me cercam!
Eu sou um pleno Pierrô em estilo rídiculo de Alerquim.
Eu sou o mesmo Pierrô disfarçado de Alerquim sendo minhas várias Columbinas.

Poder voar desse lugar,
se eu pudesse voar desse lugar,
queria tanto poder voar desse lugar,
desse lugar eu poder voar bem alto e bem distante onde todos eu pudesse cuidar.

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