Vinha da lachonete despreocupado, livre de pensamentos simples e complexos. Sentiu uma ponta atravessar os limites fisiólogicos, um raio fetido ameaçava surgir. Controlou-se.
E seguiu uns duzentos metros, faltava somente cinquenta e cinco metros e vinte e sete centimetros para chegar à casa materna. Subiu as escadas pensando está a beira da porta do banheiro e começou a aliviar a pressão e o autocontrole de todo o caminho. Já estava bem próximo de chegar, foi cedendo aos caprichos do prazer só por está próximo de chegar, mas ainda não tinha chegado.
Feito um desalmado abriu a porta em desespero, sua bunda já estaria vermelha de raiva àquela altura. Uma ponta atravessava agora os limites corporais, fechava a porta. Largou as sacolas, as chaves, puxou a calça... por pouco, por muito pouco não se cagou.
No instante em que sentou na privada pensou: também assim são os humanos. Próximos de algo, próximos de um objetivo eles entram na zona do conforto e começam a se cagar vagarosamente.
terça-feira, janeiro 26
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