sábado, junho 12

Desvario

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Quando eu cheguei aqui e olhei pros cantos e procurei você e não te vi e não te achei, quase morri.
Eu vi os olhares sem retrato teu.
Eu vi as sandalias sem marcas do teu pé.
Procurei até seu cheiro que nem sei qual é.
Gente, eu aparentei procurar por algo!
Gente, eu procurei!
E fui me conformando...
me redimindo...
me retraindo...
me envolvendo...
e fui me deixando...
me traindo...
me alucinando...
me substimando...

Vai, porra, diz logo que me ama. Eu quero dizer o mesmo só me falta confiança. Diz de pressa, ainda dá tempo. Estou andando com meu celular pra vê se você me liga. Não vai doer nada se você abrir o jogo e acabar com esse empate maldito que me consome, me seca, me leva ao bagaço.
Já houve contração de gripe que acho que é por culpa sua! Ando indo além do horário habitual e minha imunidade imunológica baixa. Porra, não vai custar nada nem para mim custaria. O problema é o passar do ônibus e nem eu nem você pegar... Porra, quando cheguei aqui procurei por você. Porra, já estou bêbado de razão.

Quando cheguei aqui fui comer pão.
Não era teu corpo.
Não lembrei de ti.
Acho que tinha me encascalhado de realidade.

Não aguento tanto. Sei-lá. Nao aguento tanto sofrimento, e tanto tempos a esperar. O que você quer de verdade? Você me quer de verdade? Luta por mim. Me conquista. Me faça acreditar que o amor existe.

Eu pensei em voltar por lá e chegar aqui novamente. Eu pensei em voltar e entrar alegremente. Sem pinta. Sem olhares interpretativos do meu procurar...
gente! Eu estou acabado!

Porra, você é lindo!

Você é tão linda!

Porra, ceh quer que eu fique alimentando o irrealizável? Porra, num sei! Num sei não se deixarei esse espaço no meu coração. Você é lindo, escreve poesia, poema e até romance que sei. Deve gostar muito de teatro. De literatura... mas, existem... não demora.

Eu esperarei por você por aqui.

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