(rs...Sem muita edição...rs)
A dor torna-nos mais maduros.O sofrimento pode até ser consequência de uma derrota, mas a gente cresce e a gente tenta. a gente tá sempre tentando pow. quem garante que um carro não vai aparecer do nada e esmagar o nosso corpo no asfalto antes mesmo que cheguemos ao teatro? quem garante que amanhã a gente acorda vivo? tudo tentativa, tudo sujeito a vitória e derrota.
e do limão a gente chupa o azedo, mas se o "e se" do limão fosse feito uma limonada uma coisa é certa: Você está "condenada a liberdade", "O homem está condenado a liberdade" (Jean-Paul Sartre). Vc tem a escolha em suas mãos, sua vida é sua. vc vai continuar existindo quer queira quer não. Pq a "existência precede a essência", a essência a gente busca. lembra do papo de querermos atribuir um sentido a vida? pois é. a gente existe, depois a gente cria, elabora, pensa. vc tem a escolha em suas mãos.
já que falou em gosto, sabores ceh tá numa padaria com vontade de comer bolo
tem um bolo que vc come sempre e gosta, bolo de teatro.
tem outro que vc quer muito, mas só tem um pedaço
bolo da dança
vc chegou, vc tá ali, vc, o cara q trabalha na padaria e o pedaço de bolo junto de vários outros
e de repente
vc pensa:
ah, acho que vou abrir mão desse pedaço de bolo para alguém que chegar
e chega alguém
e vc ainda não fez o seu pedido
e a pessoa está tirando dinheiro da bossa (sem pensar muito ela vai pedir qualquer pedaço, e vc pode perder o seu)
então a padaria é a vida
e o cara que trabalha na padaria é temporário
ele sempre muda
são as pessoas
as oportunidas
de perder, vencer
ou/e participar
sentir
correr o risco
e o que vc escolhe?
o q vc escolhe é justamente um reflexo do q vc escolheu em ser
ahhh bolsa*
e há fome, desejo, gula, vontade de satisfação
há fome, desejo, gula
uma intensidade pertinente de ser dita
é, eu tinha dito bossa
(preciosismo maldito, eu sei)
talvez amanhã os padeiros façam o mesmo bolo da dança
e tbm tenha mais do teatro
mas o cara da padaria faz a diferença nesse instante
?
ele te parece vender o bolo bem?
num sei
sou um narrador personagem
sou uma mosca
então esse responsável pelo funcionamento do exato dia da última fatia do bolo (pessoa/oportunidade)
afeta na sua escolha
pois é, pois é
amanhã haverá outro bolo na prateleira
e mais pessoas circularam pela rua da padaria
e assim segue a vida
cedendoo lugares para outras visões, outras idéias, outros princípios.
sábado, outubro 30
Crisálida
0
À incondicional amiga Tamires
A estrada perturba,
a saudade perturba,
o relógio perturba,
a ausência perturba.
Ah!
Quero Você aqui,
quero Você aqui!
Só com Você é possível.
Só com Você, eu consigo.
A saudade é forte,
o relógio pode me acabar
e a ausência é todo esse poema que tenta imitar Tua presença.
Eu estou na estrada sem segurar nas Tuas mãos.
Ah!
Quero Você aqui,
quero Você aqui!
Só com Você é possível.
Só com Você, eu consigo.
E canto, por isso cato, assim, à medida que canto em todos os canteiros de toda a casa
enquanto eu não puder ser e estar Contigo.
A estrada perturba,
a saudade perturba,
o relógio perturba,
a ausência perturba.
Ah!
Quero Você aqui,
quero Você aqui!
Só com Você é possível.
Só com Você, eu consigo.
A saudade é forte,
o relógio pode me acabar
e a ausência é todo esse poema que tenta imitar Tua presença.
Eu estou na estrada sem segurar nas Tuas mãos.
Ah!
Quero Você aqui,
quero Você aqui!
Só com Você é possível.
Só com Você, eu consigo.
E canto, por isso cato, assim, à medida que canto em todos os canteiros de toda a casa
enquanto eu não puder ser e estar Contigo.
quarta-feira, outubro 27
Sem Título
2
Nessa noite, um anjo me visitou dentro dos meus sonhos e disse-me:
- Calma, há ainda muita coisa.
- Calma, há ainda muita coisa.
segunda-feira, outubro 25
Estamos buscando abrigo
0
Fábio está totalmente destruído, não é por menos que há pouco tinha levado cinco socos, três chutes na cara, um murro na boca do estômago. Coitado! Não é um homem de sorte e não tem o hábito de fazer musculação, a mulher dele é quem defende a família.
Helena é bela. Existe alguma Helena que não seja bela? Helena é forte, habilidosa, também tinha de ser: agente de polícia, ex-bandida, ex-traficante, ex-prostituta. Agora ela está se arrumando para resgatar o marido, coitado! Arruma-se de uma maneira feminina, apesar de defender a família, ela ainda passa protetor solar, lápis, deixa um cacho de cabelo desprender-se do coque.
Lá está ele, sentado, triste e suporta como um herói mítico aquele sofrimento; tem alma de artista e sabe que sofrer é preciso. E aí vem ela, com seu cabelo de labaredas, com o corpo esguio; ama o seu marido, porque sabe que poucos homens admitem a fraqueza e renunciam o capricho da juba pela redenção do amor. À noite, em pleno fogo cruzado, deitam seus corpos, deitam seus corpos, deitam seus corpos.
Eu vejo o Fábio e a Helena no clipe Crossfire, música do Brandon Flowers. É revigorante, porque eu também me vejo.
Helena é bela. Existe alguma Helena que não seja bela? Helena é forte, habilidosa, também tinha de ser: agente de polícia, ex-bandida, ex-traficante, ex-prostituta. Agora ela está se arrumando para resgatar o marido, coitado! Arruma-se de uma maneira feminina, apesar de defender a família, ela ainda passa protetor solar, lápis, deixa um cacho de cabelo desprender-se do coque.
Lá está ele, sentado, triste e suporta como um herói mítico aquele sofrimento; tem alma de artista e sabe que sofrer é preciso. E aí vem ela, com seu cabelo de labaredas, com o corpo esguio; ama o seu marido, porque sabe que poucos homens admitem a fraqueza e renunciam o capricho da juba pela redenção do amor. À noite, em pleno fogo cruzado, deitam seus corpos, deitam seus corpos, deitam seus corpos.
Eu vejo o Fábio e a Helena no clipe Crossfire, música do Brandon Flowers. É revigorante, porque eu também me vejo.
Queda Livre
2
Dentro de mim
cabe todas as coisas,
cabe todos os jeitos,
cabe tudo!
Meu limite é o ilimitado...
Me prendo às regras para não ser preso,
mas já fiz coisas que me fariam um presidiário.
Dentro de mim há um espaço vasto.
Sou pequeno,
menos de dois metros!
Sou pequeno,
menor que um leão sustentado a duas patas!
Sou díficil também,
sou complicado.
Mas sou simples,
basta aprender.
Sou um labirinto,
e antes de sair dele vivo ou morto
alguém tem de conhecer
o meu amor e outros demônios.
Eu sou fogo,
Eu sou calor,
Eu sou cinzas,
Eu sou barro!
Destruição e Construção,
Construção e Destruição,
eu estou sempre prestes a acabar sem ponto, sem nada
cabe todas as coisas,
cabe todos os jeitos,
cabe tudo!
Meu limite é o ilimitado...
Me prendo às regras para não ser preso,
mas já fiz coisas que me fariam um presidiário.
Dentro de mim há um espaço vasto.
Sou pequeno,
menos de dois metros!
Sou pequeno,
menor que um leão sustentado a duas patas!
Sou díficil também,
sou complicado.
Mas sou simples,
basta aprender.
Sou um labirinto,
e antes de sair dele vivo ou morto
alguém tem de conhecer
o meu amor e outros demônios.
Eu sou fogo,
Eu sou calor,
Eu sou cinzas,
Eu sou barro!
Destruição e Construção,
Construção e Destruição,
eu estou sempre prestes a acabar sem ponto, sem nada
domingo, outubro 24
Diálogo Interno
0
- Alô?
- Olha é o seguinte:
Há muito tempo eu tenho tentado conversar com você, às vezes, eu grito, às vezes, eu te imploro, às vezes, eu suplico, e às vezes eu choro, porque você não tenta me escutar. Calado! Sabe ontem? Certo, ontem você percebeu que o seu amigo é bem mais literário que você, literário por saber contar história oralmente. Ele conta com tanta emoção os causos dele, ele é engraçado, ele é esperto, ele é burro. Não, você sabe que ele não é burro, apesar dele se vender assim: um burro. Pelo menos, guarde isso, ele surpreende. Você, na maioria das vezes, decepciona. Você já notou isso, não é mesmo? Espero que sim,
- Cala a boca! Pare com essas censuras idiotas! Você
- Eu disse que era para você ficar calado!!! Seu merda! Poxa, Diêgo! Você tem tanta coisa bacana pra mostrar, tanta poesia nesse olhar, tanta coisa! Fica apegado nessas bobagens
- Que bobagem?!
- Cala a boca! Ah! Cansei.
(...)
- Desculpa, tá? Eu prometo carregar um palhaço dentro de mim, ainda que esse palhaço seja trágico. Eu prometo ser puro. Eu prometo ser sensível. Eu prometo te escutar. Eu prometo sentir a vida com delicadeza. Eu prometo improvisar. Eu prometo tentar. Eu prometo por todas as cores do mundo, por todos os cheiros, por todas as texturas, todas as sensações. Eu prometo querer, querer, querer.
- Eu quero que você seja assim.
- Olha é o seguinte:
Há muito tempo eu tenho tentado conversar com você, às vezes, eu grito, às vezes, eu te imploro, às vezes, eu suplico, e às vezes eu choro, porque você não tenta me escutar. Calado! Sabe ontem? Certo, ontem você percebeu que o seu amigo é bem mais literário que você, literário por saber contar história oralmente. Ele conta com tanta emoção os causos dele, ele é engraçado, ele é esperto, ele é burro. Não, você sabe que ele não é burro, apesar dele se vender assim: um burro. Pelo menos, guarde isso, ele surpreende. Você, na maioria das vezes, decepciona. Você já notou isso, não é mesmo? Espero que sim,
- Cala a boca! Pare com essas censuras idiotas! Você
- Eu disse que era para você ficar calado!!! Seu merda! Poxa, Diêgo! Você tem tanta coisa bacana pra mostrar, tanta poesia nesse olhar, tanta coisa! Fica apegado nessas bobagens
- Que bobagem?!
- Cala a boca! Ah! Cansei.
(...)
- Desculpa, tá? Eu prometo carregar um palhaço dentro de mim, ainda que esse palhaço seja trágico. Eu prometo ser puro. Eu prometo ser sensível. Eu prometo te escutar. Eu prometo sentir a vida com delicadeza. Eu prometo improvisar. Eu prometo tentar. Eu prometo por todas as cores do mundo, por todos os cheiros, por todas as texturas, todas as sensações. Eu prometo querer, querer, querer.
- Eu quero que você seja assim.
sábado, outubro 23
2005
1
Encontre colegas dos tempos colegiais: sorria, sinta, grave cada rosto.
Reencontre amigos que foram colegas dos tempos colegiais: sorria, sinta.
Ligue,
procure-os no Orkut, no twitter.
Depois de tantos dias você deve ter se perdido,
pode ajudar que alguém se encontre.
Depois de tantas horas você pode ter passado fome,
pode pagar algo para alguém.
Eles andam por aí
com vontade.
Você anda por aí
com vontade.
Nós andamos juntos em sincronia,
respiramos o mesmo ar que ronda o São Francisco.
Comprometa-se.
Desvende o escondido.
Perceba os sorrisos.
Escute as gargalhadas.
Reconheça a batucada,
o batuque do coração que pulsa,
que abre o caminho das manhãs, das tardes ou das noites,
das compras dos cadernos,
das canetas,
dos lápis,
dos corretivos.
O tempo ainda não passou,
o tempo ainda passa
e perpassa por nós o mesmo tempo
que carrega a alegoria da nostalgia.
A nostalgia que não é saudade,
que nunca foi e nunca será.
A nostalgia que mata justamente por não cessar,
só crescer.
Tiro uma conclusão: há sempre algo depois de um ponto,
ainda que seja um ponto final.
Reencontre amigos que foram colegas dos tempos colegiais: sorria, sinta.
Ligue,
procure-os no Orkut, no twitter.
Depois de tantos dias você deve ter se perdido,
pode ajudar que alguém se encontre.
Depois de tantas horas você pode ter passado fome,
pode pagar algo para alguém.
Eles andam por aí
com vontade.
Você anda por aí
com vontade.
Nós andamos juntos em sincronia,
respiramos o mesmo ar que ronda o São Francisco.
Comprometa-se.
Desvende o escondido.
Perceba os sorrisos.
Escute as gargalhadas.
Reconheça a batucada,
o batuque do coração que pulsa,
que abre o caminho das manhãs, das tardes ou das noites,
das compras dos cadernos,
das canetas,
dos lápis,
dos corretivos.
O tempo ainda não passou,
o tempo ainda passa
e perpassa por nós o mesmo tempo
que carrega a alegoria da nostalgia.
A nostalgia que não é saudade,
que nunca foi e nunca será.
A nostalgia que mata justamente por não cessar,
só crescer.
Tiro uma conclusão: há sempre algo depois de um ponto,
ainda que seja um ponto final.
sexta-feira, outubro 22
Pergunte ao Corvo
2
Quando quiser saber sobre mim.
Se precisar de minha ajuda.
Querer um ombro amigo.
Querer um tapa revoltado.
Querer um soco resignado.
Quando quiser me procurar.
Se precisar ainda me amar.
Querer um largo sorriso meu.
Querer compartilhar seu fardo com o meu.
Querer qualquer coisa.
Se quiser me ligar,
se quiser voltar a minha casa,
se quiser assistir a um filme,
se quiser observar como sou míope,
se quiser telefonar,
O corvo responderá:
- Nunca mais.
O corvo explicará:
- Nunca mais.
E o corvo não voltará,
jamais.
Se precisar de minha ajuda.
Querer um ombro amigo.
Querer um tapa revoltado.
Querer um soco resignado.
Quando quiser me procurar.
Se precisar ainda me amar.
Querer um largo sorriso meu.
Querer compartilhar seu fardo com o meu.
Querer qualquer coisa.
Se quiser me ligar,
se quiser voltar a minha casa,
se quiser assistir a um filme,
se quiser observar como sou míope,
se quiser telefonar,
O corvo responderá:
- Nunca mais.
O corvo explicará:
- Nunca mais.
E o corvo não voltará,
jamais.
sexta-feira, outubro 15
21 Mensagens ou Uma Experiência de Twitter
2
01- Só quero dizer que preciso de um martelo.
02- Eu já sei do que preciso para criar.
03- Fiz uma máscara de gesso usando ataduras engessadas no meu rosto, tentador!
04- Gosto do intangível, mas suporto o desejar durante pouco tempo.
05- Ando a flor da pele.
06- A minha liberdade descoberta pode me destruir. Estou preparado.
07- Chegarei onde não sei se quero chegar, se a morte permitir, mas atrasado, como a vida proporciona.
08- Na Semana Universitária da UPE, tive a oportunidade de conhecer pessoas interessantes. E artistas brilhantes chegaram para ficar no meu inconsciente.
09- Usaram a fita métrica para saber meu IMC (19,30). Tenho 1,70m e meu IMC é de 19,30. Normal. (?)
10- Javier Bardem está me perseguindo pelas sessões de filme que vejo ao acaso. It's not so bad, it's not so bad.
11- Minha avó teve sua primeira aula de teatro para terceira idade.
12- Não gosto de Twitter.
13- Não gosto de Twitter.
14- Não gosto de Twitter.
15- Não gosto de Twitter.
16- Não gosto de Twitter.
17- Não gosto de Twitter.
18- Não gosto de Twitter.
19- Não gosto de Twitter.
20- Não gosto de Twitter.
21- Definitivamente, não gosto do Twitter.
02- Eu já sei do que preciso para criar.
03- Fiz uma máscara de gesso usando ataduras engessadas no meu rosto, tentador!
04- Gosto do intangível, mas suporto o desejar durante pouco tempo.
05- Ando a flor da pele.
06- A minha liberdade descoberta pode me destruir. Estou preparado.
07- Chegarei onde não sei se quero chegar, se a morte permitir, mas atrasado, como a vida proporciona.
08- Na Semana Universitária da UPE, tive a oportunidade de conhecer pessoas interessantes. E artistas brilhantes chegaram para ficar no meu inconsciente.
09- Usaram a fita métrica para saber meu IMC (19,30). Tenho 1,70m e meu IMC é de 19,30. Normal. (?)
10- Javier Bardem está me perseguindo pelas sessões de filme que vejo ao acaso. It's not so bad, it's not so bad.
11- Minha avó teve sua primeira aula de teatro para terceira idade.
12- Não gosto de Twitter.
13- Não gosto de Twitter.
14- Não gosto de Twitter.
15- Não gosto de Twitter.
16- Não gosto de Twitter.
17- Não gosto de Twitter.
18- Não gosto de Twitter.
19- Não gosto de Twitter.
20- Não gosto de Twitter.
21- Definitivamente, não gosto do Twitter.
terça-feira, outubro 12
E para o dia das crianças
1
O gato está deitado numa cama de pregos,
enquanto a criança corre endoidecida pelo dia que disseram ser dela.
O gato pensa num pulo, em como estourar o balão da criança,
e a criança esqueceu que tinha um gato peludo esperando-a para brincar.
O gato pulou alto, muito alto do lugar onde estava.
Acabou voltando para a origem do seu pulo, onde os pregos esperavam pelo balão.
Foi um dia feliz que se estendeu até as 01h12min do dia posterior, quando soube do balão ter esvaziado e do seu amigo ter sumido.
enquanto a criança corre endoidecida pelo dia que disseram ser dela.
O gato pensa num pulo, em como estourar o balão da criança,
e a criança esqueceu que tinha um gato peludo esperando-a para brincar.
O gato pulou alto, muito alto do lugar onde estava.
Acabou voltando para a origem do seu pulo, onde os pregos esperavam pelo balão.
Foi um dia feliz que se estendeu até as 01h12min do dia posterior, quando soube do balão ter esvaziado e do seu amigo ter sumido.
segunda-feira, outubro 11
Desculpa da Maçã Mordida
1
...
(Amarelo)
Agora
podemos
conversar.
(Vermelho)
Tire mais um pedaço dessa maçã mordida, tire. Agora, me diga o motivo pelo qual você tirou, o motivo pelo lado que escolheu, o motivo do tamanho que mordeu.
Me perdoe a pressa, mas é o tempo. Esse tempo que temos nesse Sinal Fechado, com essa música de Chico Buarque ao fundo da nossa conversa, na qual o roncar do motor cessa sem movimento de deslocamento.
E é por isso que te pergunto, me responde, enquanto o sinal tá fechado. Eu preciso de um retorno sobre tudo que você fez durante todo esse tempo em que esteve com a minha maçã.
(Verde)
Ai, ai, "quanto tempo, pois é, quanto tempo"...
... Vou repetir a música.
... Um outro sinal aberto, que pena!
...Desculpa se ando rápido, só ando a 100.
...Se você quiser comentar algo...
(Distante dali, uma mosca)
Eu pergunto o que já foi perguntado alguma vez, sentido em algum instante:
Por qual motivo só conseguimos amar verdadeiramente as coisas que nos foram privadas?
"Tudo é precioso para aquele que foi, por muito tempo, privado de tudo".
Friedrich Nietzsche
(Amarelo)
...
...
...
(Amarelo)
Agora
podemos
conversar.
(Vermelho)
Tire mais um pedaço dessa maçã mordida, tire. Agora, me diga o motivo pelo qual você tirou, o motivo pelo lado que escolheu, o motivo do tamanho que mordeu.
Me perdoe a pressa, mas é o tempo. Esse tempo que temos nesse Sinal Fechado, com essa música de Chico Buarque ao fundo da nossa conversa, na qual o roncar do motor cessa sem movimento de deslocamento.
E é por isso que te pergunto, me responde, enquanto o sinal tá fechado. Eu preciso de um retorno sobre tudo que você fez durante todo esse tempo em que esteve com a minha maçã.
(Verde)
Ai, ai, "quanto tempo, pois é, quanto tempo"...
... Vou repetir a música.
... Um outro sinal aberto, que pena!
...Desculpa se ando rápido, só ando a 100.
...Se você quiser comentar algo...
(Distante dali, uma mosca)
Eu pergunto o que já foi perguntado alguma vez, sentido em algum instante:
Por qual motivo só conseguimos amar verdadeiramente as coisas que nos foram privadas?
"Tudo é precioso para aquele que foi, por muito tempo, privado de tudo".
Friedrich Nietzsche
(Amarelo)
...
...
...
sexta-feira, outubro 8
Fernando Pessoa (Álvaro de Campos)
2
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
(Poema em Linha Reta, Fernando Pessoa)
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
(Poema em Linha Reta, Fernando Pessoa)
quarta-feira, outubro 6
Tá uma bagunça!
2
Minha vida.
Preciso organizar as coisas, colocar cada sapato no devido lugar, cada colar no devido pescoço, cada esmalte na devida unha, cada sentimento nas devidas pessoas. De longe, bem de longe, toda essa bagunça tenha alguma lógica e transpareça algo sobre o caminho que tenho percorrido.
Onde eu deixei o controle (de brinquedo, mas ajudava)?
Preciso organizar as coisas, colocar cada sapato no devido lugar, cada colar no devido pescoço, cada esmalte na devida unha, cada sentimento nas devidas pessoas. De longe, bem de longe, toda essa bagunça tenha alguma lógica e transpareça algo sobre o caminho que tenho percorrido.
Onde eu deixei o controle (de brinquedo, mas ajudava)?
terça-feira, outubro 5
O Elevador de Cida Farias
2
Bato nas teclas com a força de querer te bater. Você me entende? Eu queria te espancar. Tirar sangue da sua boca, cuspir na tua cara, pisar no teu pau, morder os teus ovos, isso por causa de tudo que você está fazendo comigo. Na verdade, é também uma vigança das Adrianas, das Amelies, das Capitus, das Pinks, das Pittys, das Suzanas, de nós todas.
Queria quebrar a sua cara. Deixar você engessado, paraplégico. Seria capaz de acabar com sua visão para nunca mais olhar ninguém do jeito que você olha quando está comigo. Sem vergonha nenhuma, você me diz que as outras são bonitas e merecem serem vistas, seu cachorro!
Sou capaz de cortar teu saco com uma mordida. Estou puta de raiva de você! Puta! Venha aqui em casa, meu bem. Venha. Fiz torta de abacaxi, sua preferida. Venha comer-nos, venha! Estou com tanto amor para dá. Estou tão vazia, tão vazia que preciso de um complemento que me preencha na hora certa. Na geladeira tem um espaço cilíndrico, um pote em formato cilíndrico, nele está um pedaço da torta de abacaxi, depois que você comer não terá nada até que você decida ir embora. Porque um pedaço de você ficará comigo, você tem medo? Não tenha, por favor. Sei que os homens gostam de mulheres perigosas, sei que por mais que tivesse medo, chegaria aqui cheio de tesão e com sangue todo abaixo da cintura.
Você está duro, eu sei. Gosto de você duro, pois eu te passo grana e te passo a língua. Não preciso de dinheiro, não preciso de você o tempo todo. Você sabe do que preciso e é por isso que gosta de mim, não é mesmo, seu animal? Sou velha e só sirvo para te bancar e te ensinar os segredos da cama e os fetiches das menininhas, não é mesmo?
Devo estar ficando complexada ao olhar da sacada de minha casa e conversar com uma queda de mais de quarenta metros. Queria te jogar daqui de cima. Mas você merece mais sofrimento, mais dor, mais carícias dolorosas. Daqui a pouco, te ligo. Vou falar um poema fácil, contar uma história e você estará aqui, bobinho. Sabe o que estou escutando? Pitty e Pink, ao mesmo tempo. É para aumentar meu ódio por você.
A gente assistirá ao clipe Please Don't Leave Me, tenho certeza que você ficará com um carão!!!Hahaha. Em seguida, leremos um trecho de O Pau, da Fernanda Young. Depois veremos um poema de Florbela Espanca. Você comerá a torta de abacaxi feita do leite que lavei todo o meu corpo, uma simpatia que me ensinaram! Ai, os homens são muito burros ao comer qualquer coisa que nós oferecemos. Credo! Tem tanto tipo de mulheres que era para existir um sindicato de cada. Por fim, o fim é surpresa para você.
Deixarei arranhões no teu teu peito, mastigarei um pedaço do teu mamilo. Você não morrerá, não precisa nem fazer alardeios. Você será um peregrino, ficará vivo, procurará a paz espiritual. Eu só posso ser uma santa para te oferecer isso. Uma alma em busca de paz espiritual, um galinha sem... segredo! Deixa as contas que no fim das contas o que interessa para nós... é,é,é...
o nosso acerto de contas. TAN NAM NAM NAM NAM nam nam nam nam.
- Oi, estava ardendo de saudade, rapaz! Me diz, por favor: A gente pode deixar um encontro marcado? Você não tem noção como preciso acariciar alguém, você!
Queria quebrar a sua cara. Deixar você engessado, paraplégico. Seria capaz de acabar com sua visão para nunca mais olhar ninguém do jeito que você olha quando está comigo. Sem vergonha nenhuma, você me diz que as outras são bonitas e merecem serem vistas, seu cachorro!
Sou capaz de cortar teu saco com uma mordida. Estou puta de raiva de você! Puta! Venha aqui em casa, meu bem. Venha. Fiz torta de abacaxi, sua preferida. Venha comer-nos, venha! Estou com tanto amor para dá. Estou tão vazia, tão vazia que preciso de um complemento que me preencha na hora certa. Na geladeira tem um espaço cilíndrico, um pote em formato cilíndrico, nele está um pedaço da torta de abacaxi, depois que você comer não terá nada até que você decida ir embora. Porque um pedaço de você ficará comigo, você tem medo? Não tenha, por favor. Sei que os homens gostam de mulheres perigosas, sei que por mais que tivesse medo, chegaria aqui cheio de tesão e com sangue todo abaixo da cintura.
Você está duro, eu sei. Gosto de você duro, pois eu te passo grana e te passo a língua. Não preciso de dinheiro, não preciso de você o tempo todo. Você sabe do que preciso e é por isso que gosta de mim, não é mesmo, seu animal? Sou velha e só sirvo para te bancar e te ensinar os segredos da cama e os fetiches das menininhas, não é mesmo?
Devo estar ficando complexada ao olhar da sacada de minha casa e conversar com uma queda de mais de quarenta metros. Queria te jogar daqui de cima. Mas você merece mais sofrimento, mais dor, mais carícias dolorosas. Daqui a pouco, te ligo. Vou falar um poema fácil, contar uma história e você estará aqui, bobinho. Sabe o que estou escutando? Pitty e Pink, ao mesmo tempo. É para aumentar meu ódio por você.
A gente assistirá ao clipe Please Don't Leave Me, tenho certeza que você ficará com um carão!!!Hahaha. Em seguida, leremos um trecho de O Pau, da Fernanda Young. Depois veremos um poema de Florbela Espanca. Você comerá a torta de abacaxi feita do leite que lavei todo o meu corpo, uma simpatia que me ensinaram! Ai, os homens são muito burros ao comer qualquer coisa que nós oferecemos. Credo! Tem tanto tipo de mulheres que era para existir um sindicato de cada. Por fim, o fim é surpresa para você.
Deixarei arranhões no teu teu peito, mastigarei um pedaço do teu mamilo. Você não morrerá, não precisa nem fazer alardeios. Você será um peregrino, ficará vivo, procurará a paz espiritual. Eu só posso ser uma santa para te oferecer isso. Uma alma em busca de paz espiritual, um galinha sem... segredo! Deixa as contas que no fim das contas o que interessa para nós... é,é,é...
o nosso acerto de contas. TAN NAM NAM NAM NAM nam nam nam nam.
- Oi, estava ardendo de saudade, rapaz! Me diz, por favor: A gente pode deixar um encontro marcado? Você não tem noção como preciso acariciar alguém, você!
segunda-feira, outubro 4
Espelhado
1
Hoje,
o ato se repete no espelho quebrado,
rachado,
com a imagem de seu coração esquartejado,
sangrado e virulento.
(Seus gestos pesados cansam sua vista,
cansam os gestos que você faz e te envelhece
no espelho onde você está desnudo, despido)
Hoje,
as coisas se repetem com um pouco mais de vida,
e as coisas se enaltecem com o ritmo da morte,
ontem se passa por hoje,
você é prisioneiro do que você foi.
(Meu corpo responde perguntando onde você está,
por que lugar caminha)
Hoje,
o espelho está coberto,
os movimentos estão ali,
mais vivos do que eu.
Sou reflexo de mim,
isso não é tão simples de se ler.
o ato se repete no espelho quebrado,
rachado,
com a imagem de seu coração esquartejado,
sangrado e virulento.
(Seus gestos pesados cansam sua vista,
cansam os gestos que você faz e te envelhece
no espelho onde você está desnudo, despido)
Hoje,
as coisas se repetem com um pouco mais de vida,
e as coisas se enaltecem com o ritmo da morte,
ontem se passa por hoje,
você é prisioneiro do que você foi.
(Meu corpo responde perguntando onde você está,
por que lugar caminha)
Hoje,
o espelho está coberto,
os movimentos estão ali,
mais vivos do que eu.
Sou reflexo de mim,
isso não é tão simples de se ler.
sábado, outubro 2
Carta de Despedida
3
Particularmente, a gente sempre esteve numa estação à espera de um trem, um ônibus ou um avião que pudesse separar nós dois.
Nós dois já rimos, já brigamos, já trocamos carícias, já nos tocamos, já nos amamos, parece que já não falta nada a não ser o nada trocado pelos nossos olhares vazios, mas carregados de admiração e vontade, uma vontade sem complemento. Pareço ser díficl para você, porque quando você quer, eu não quero, e quando eu quero, você opta por não querer, pois, sabendo que se querer eu não mais desejarei.
Já falei sobre as coisas que ocorreram, uma visão panorâmica e um esclarecimento da minha decisão: Eu serei fruto da tua pedagogia. Terei o sumo melhor do que você oferece e fertiliza. Cansei de tentar procurar teu velho jeito, nesse trejeito maluco que, às vezes, me causa pena. É complicado esquecer tudo que aconteceu, até te disse isso. Até conversamos naquele dia naquele espaço, eu encostado na parede e você me encarando e interrogando o que eu queria a partir de então. Até disse que nossa relação estaria oscilando entre o amor e a amizade. Você preferia o amor, seu olhar era claro, suas mãos eram claras, sua inquietação revelava tudo.
Sua decisão: Me tratar como um qualquer. Como um desses meninos vadios que te admiram e só. Você sabe que eu não sou um menino, sabe mais ainda, que não sou um qualquer. Sabe que sou desses tipos de cuidado excessivo, pura cautela. Mesma sabendo de tantas coisas, sua atitude me parece inconsistente, imprecisa e infantil. Engraçado, pois você parece está tão nobre e intelectual para se revestir com uma interpretação infantil.
É. Agora, você não mais terá a minha vontade de reviver o que vivemos desde 2008. Porque eu fiquei grandinho, você cresceu e nós precisamos deixar as coisas acontecerem. Hoje, imaginei nós dois sentados, depois de vinte anos, com um doutorado na bagagem e muita nostalgia no olhar. É. Agora, é despedida. Você não mais terá o garoto encantado que sempre esteve disposto a te acolher nos braços, te acolher como um amigo que você talvez nunca tenha.
Sobretudo, digo que te amo. Digo que te amo para dizer que vou te esperar em outra estação. Digo que te amo, porque o fim de um bonita história precisa de uma declaração dessas.
Nós crescemos e esquecemos de nós enquanto atravessávamos uma ponte. Nós transformamos a essência em forma. Nós nos perdemos. Você desapareceu. Eu te perdi.
Beijo.
Diêgo
Nós dois já rimos, já brigamos, já trocamos carícias, já nos tocamos, já nos amamos, parece que já não falta nada a não ser o nada trocado pelos nossos olhares vazios, mas carregados de admiração e vontade, uma vontade sem complemento. Pareço ser díficl para você, porque quando você quer, eu não quero, e quando eu quero, você opta por não querer, pois, sabendo que se querer eu não mais desejarei.
Já falei sobre as coisas que ocorreram, uma visão panorâmica e um esclarecimento da minha decisão: Eu serei fruto da tua pedagogia. Terei o sumo melhor do que você oferece e fertiliza. Cansei de tentar procurar teu velho jeito, nesse trejeito maluco que, às vezes, me causa pena. É complicado esquecer tudo que aconteceu, até te disse isso. Até conversamos naquele dia naquele espaço, eu encostado na parede e você me encarando e interrogando o que eu queria a partir de então. Até disse que nossa relação estaria oscilando entre o amor e a amizade. Você preferia o amor, seu olhar era claro, suas mãos eram claras, sua inquietação revelava tudo.
Sua decisão: Me tratar como um qualquer. Como um desses meninos vadios que te admiram e só. Você sabe que eu não sou um menino, sabe mais ainda, que não sou um qualquer. Sabe que sou desses tipos de cuidado excessivo, pura cautela. Mesma sabendo de tantas coisas, sua atitude me parece inconsistente, imprecisa e infantil. Engraçado, pois você parece está tão nobre e intelectual para se revestir com uma interpretação infantil.
É. Agora, você não mais terá a minha vontade de reviver o que vivemos desde 2008. Porque eu fiquei grandinho, você cresceu e nós precisamos deixar as coisas acontecerem. Hoje, imaginei nós dois sentados, depois de vinte anos, com um doutorado na bagagem e muita nostalgia no olhar. É. Agora, é despedida. Você não mais terá o garoto encantado que sempre esteve disposto a te acolher nos braços, te acolher como um amigo que você talvez nunca tenha.
Sobretudo, digo que te amo. Digo que te amo para dizer que vou te esperar em outra estação. Digo que te amo, porque o fim de um bonita história precisa de uma declaração dessas.
Nós crescemos e esquecemos de nós enquanto atravessávamos uma ponte. Nós transformamos a essência em forma. Nós nos perdemos. Você desapareceu. Eu te perdi.
Beijo.
Diêgo
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