- Alô?
- Olha é o seguinte:
Há muito tempo eu tenho tentado conversar com você, às vezes, eu grito, às vezes, eu te imploro, às vezes, eu suplico, e às vezes eu choro, porque você não tenta me escutar. Calado! Sabe ontem? Certo, ontem você percebeu que o seu amigo é bem mais literário que você, literário por saber contar história oralmente. Ele conta com tanta emoção os causos dele, ele é engraçado, ele é esperto, ele é burro. Não, você sabe que ele não é burro, apesar dele se vender assim: um burro. Pelo menos, guarde isso, ele surpreende. Você, na maioria das vezes, decepciona. Você já notou isso, não é mesmo? Espero que sim,
- Cala a boca! Pare com essas censuras idiotas! Você
- Eu disse que era para você ficar calado!!! Seu merda! Poxa, Diêgo! Você tem tanta coisa bacana pra mostrar, tanta poesia nesse olhar, tanta coisa! Fica apegado nessas bobagens
- Que bobagem?!
- Cala a boca! Ah! Cansei.
(...)
- Desculpa, tá? Eu prometo carregar um palhaço dentro de mim, ainda que esse palhaço seja trágico. Eu prometo ser puro. Eu prometo ser sensível. Eu prometo te escutar. Eu prometo sentir a vida com delicadeza. Eu prometo improvisar. Eu prometo tentar. Eu prometo por todas as cores do mundo, por todos os cheiros, por todas as texturas, todas as sensações. Eu prometo querer, querer, querer.
- Eu quero que você seja assim.
domingo, outubro 24
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