Bato nas teclas com a força de querer te bater. Você me entende? Eu queria te espancar. Tirar sangue da sua boca, cuspir na tua cara, pisar no teu pau, morder os teus ovos, isso por causa de tudo que você está fazendo comigo. Na verdade, é também uma vigança das Adrianas, das Amelies, das Capitus, das Pinks, das Pittys, das Suzanas, de nós todas.
Queria quebrar a sua cara. Deixar você engessado, paraplégico. Seria capaz de acabar com sua visão para nunca mais olhar ninguém do jeito que você olha quando está comigo. Sem vergonha nenhuma, você me diz que as outras são bonitas e merecem serem vistas, seu cachorro!
Sou capaz de cortar teu saco com uma mordida. Estou puta de raiva de você! Puta! Venha aqui em casa, meu bem. Venha. Fiz torta de abacaxi, sua preferida. Venha comer-nos, venha! Estou com tanto amor para dá. Estou tão vazia, tão vazia que preciso de um complemento que me preencha na hora certa. Na geladeira tem um espaço cilíndrico, um pote em formato cilíndrico, nele está um pedaço da torta de abacaxi, depois que você comer não terá nada até que você decida ir embora. Porque um pedaço de você ficará comigo, você tem medo? Não tenha, por favor. Sei que os homens gostam de mulheres perigosas, sei que por mais que tivesse medo, chegaria aqui cheio de tesão e com sangue todo abaixo da cintura.
Você está duro, eu sei. Gosto de você duro, pois eu te passo grana e te passo a língua. Não preciso de dinheiro, não preciso de você o tempo todo. Você sabe do que preciso e é por isso que gosta de mim, não é mesmo, seu animal? Sou velha e só sirvo para te bancar e te ensinar os segredos da cama e os fetiches das menininhas, não é mesmo?
Devo estar ficando complexada ao olhar da sacada de minha casa e conversar com uma queda de mais de quarenta metros. Queria te jogar daqui de cima. Mas você merece mais sofrimento, mais dor, mais carícias dolorosas. Daqui a pouco, te ligo. Vou falar um poema fácil, contar uma história e você estará aqui, bobinho. Sabe o que estou escutando? Pitty e Pink, ao mesmo tempo. É para aumentar meu ódio por você.
A gente assistirá ao clipe Please Don't Leave Me, tenho certeza que você ficará com um carão!!!Hahaha. Em seguida, leremos um trecho de O Pau, da Fernanda Young. Depois veremos um poema de Florbela Espanca. Você comerá a torta de abacaxi feita do leite que lavei todo o meu corpo, uma simpatia que me ensinaram! Ai, os homens são muito burros ao comer qualquer coisa que nós oferecemos. Credo! Tem tanto tipo de mulheres que era para existir um sindicato de cada. Por fim, o fim é surpresa para você.
Deixarei arranhões no teu teu peito, mastigarei um pedaço do teu mamilo. Você não morrerá, não precisa nem fazer alardeios. Você será um peregrino, ficará vivo, procurará a paz espiritual. Eu só posso ser uma santa para te oferecer isso. Uma alma em busca de paz espiritual, um galinha sem... segredo! Deixa as contas que no fim das contas o que interessa para nós... é,é,é...
o nosso acerto de contas. TAN NAM NAM NAM NAM nam nam nam nam.
- Oi, estava ardendo de saudade, rapaz! Me diz, por favor: A gente pode deixar um encontro marcado? Você não tem noção como preciso acariciar alguém, você!
terça-feira, outubro 5
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2 Response to O Elevador de Cida Farias
Carara, que personagem louca, histérica e macabra. Ainda assim, acho que todas as mulheres escondem certo ardil. Ah, sim.
Muito bom o texto.
Ah, e eu me apaixonei pela descrição do 'quem sou eu' aí do lado.
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