Dor e calor atingidos,
depois do prato comido.
Sabor execrável, irremediável.
Falsa impressão, dor cervical.
Da paixão próxima da obsessão,
surgem conceitos novos e o corpo morre.
Eu grito, eu grito, eu grito!
Acorda, mundo!
No fundo uma dor por sentir-se mudo.
sábado, março 27
Eu, 27 de Março e o Teatro
0
20 anos. Metade dos quarenta. 1/3 dos 60. 1/4 da expectativa de vida. 20 anos, ainda com a família e apaixonado por literatura; pressionado pela sociedade exigidora de deveres e documentações. Já tenho Certidão de Nascimento, CPF, RG, Carteira Nacional de Habilitação, Carteira de Trabalho, PIS, Cartão Cidadão, Título de Eleitor, Comprovante de Residência, Conta Bancária e me resta algo. Seja um Certidão de Óbito, talvez. Não, melhor que não seja, apesar de até mesmo os imortais (da ABL) terem ou terão. Deveras estou à procura da parte faltante do quebra-cabeça chamado "eu". Vinte anos e pareço está desesperado; estou. O tempo é cruel com qualquer um e vai nos roubando o que pensávamos ter por direito. A vida é muitas vezes incontrolável, somos tão tolo em ter tudo sob medida. A vida só tem a medida que cabe a ela; meio que uma tecelã dona de tudo e só vende para quem quer.
Aí fico aqui na frente do espelho olhando meu corpo e imaginando as rugas, a força da gravidade maltratar tudo que sobe e aparenta ser sempre e para sempre rígido, tudo, tudo mesmo. Mesmo os mamilos agudos. Sofreria eu de velhice precoce? Mistério. Com meus vinte anos eu pretendo aniquilar a preguiça maldita a qual me lança na cama e acorrenta o meu corpo. Sou jovem, vinte anos, jovem no sentido pleno. Entenda jovem como jovem no dicionário formal, pois há outro jovem sendo um tipo que não sou. As felicidades que trago hoje são os parabéns de minhas mãe e vó, às 7h35min da manhã. Os parabéns do meu pai:
"Diêgo, parabéns.
Que Deus ilumine e ajude você a alcançar seus objetivos, pois ele já deu o dom da inteligência, as outras coisas vem com o tempo. Um beijo e um abraço do seu pai!"
Os parabéns da menina inteligente, colega de classe, amiga de ruas, a Roneide. Os parabéns singelo do meu irmão Jarbas. Os parabéns um tanto quanto frio do meu outro irmão chamado Allisson. Os parabéns da menina que fará 20 anos amanhã, a Maria. Espero outros parabéns, não nego. Ainda faltam nove horas para o fim do dia Mundial do Teatro. Não haveria outro dia mais genial para eu nascer. Eu só espero que as luzes do palco da minha vida só apaguem quando eu fizer o meu melhor para as pessoas; alimentando espíritos, sem ser Chico Xavier; Emocionando olhares, sem ser Charlie Chaplin; motivando pessoas, sem ser William Douglas...
Buscarei o melhor de mim e oferecerei o máximo que puder, um pouco de Deus ao meu lado; esteja eu envolvido do espírito santo daquí até o fim desse meu espetáculo.
Aí fico aqui na frente do espelho olhando meu corpo e imaginando as rugas, a força da gravidade maltratar tudo que sobe e aparenta ser sempre e para sempre rígido, tudo, tudo mesmo. Mesmo os mamilos agudos. Sofreria eu de velhice precoce? Mistério. Com meus vinte anos eu pretendo aniquilar a preguiça maldita a qual me lança na cama e acorrenta o meu corpo. Sou jovem, vinte anos, jovem no sentido pleno. Entenda jovem como jovem no dicionário formal, pois há outro jovem sendo um tipo que não sou. As felicidades que trago hoje são os parabéns de minhas mãe e vó, às 7h35min da manhã. Os parabéns do meu pai:
"Diêgo, parabéns.
Que Deus ilumine e ajude você a alcançar seus objetivos, pois ele já deu o dom da inteligência, as outras coisas vem com o tempo. Um beijo e um abraço do seu pai!"
Os parabéns da menina inteligente, colega de classe, amiga de ruas, a Roneide. Os parabéns singelo do meu irmão Jarbas. Os parabéns um tanto quanto frio do meu outro irmão chamado Allisson. Os parabéns da menina que fará 20 anos amanhã, a Maria. Espero outros parabéns, não nego. Ainda faltam nove horas para o fim do dia Mundial do Teatro. Não haveria outro dia mais genial para eu nascer. Eu só espero que as luzes do palco da minha vida só apaguem quando eu fizer o meu melhor para as pessoas; alimentando espíritos, sem ser Chico Xavier; Emocionando olhares, sem ser Charlie Chaplin; motivando pessoas, sem ser William Douglas...
Buscarei o melhor de mim e oferecerei o máximo que puder, um pouco de Deus ao meu lado; esteja eu envolvido do espírito santo daquí até o fim desse meu espetáculo.
quarta-feira, março 24
Educação de Quarto Mundo (por Lya Luft)
0
No meio da tragédia do Haiti, que comove até mesmo os calejados repórteres de guerra, levo um choque nacional. Não são horrores como os de lá, mas não deixa de ser um drama moral.
O relatório "Educação para todos", da Unesco, pôs o Brasil na 88ª posição no ranking de desenvolvimento educacional. Estamos atrás dos países mais pobres da América Latina, como o Paraguai, o Equador e a Bolívia. Parece que em alfabetizar somos até bons, mas depois a coisa degringola: a repetência média na América Latina e no Caribe é de pouco mais de 4%. No Brasil, é de quase 19%.
No clima de ufanismo que anda reinando por aqui, talvez seja bom acalmar-se e parar para refletir. Pois, se nossa economia não ficou arruinada, a verdade é que nossas crianças brincam na lama do esgoto, nossas famílias são soterradas em casas cuja segurança ninguém controla, nossos jovens são assassinados nas esquinas, em favelas ou condomínios de luxo somos reféns da bandidagem geral, e os velhos morrem no chão dos corredores dos hospitais públicos. Nossos políticos continuam numa queda de braço para ver quem é o mais impune dos corruptos, a linguagem e a postura das campanhas eleitorais se delineiam nada elegantes, e agora está provado o que a gente já imaginava: somos péssimos em educação.
Pergunta básica: quanto de nosso orçamento nacional vai para educação e cultura? Quanto interesse temos num povo educado, isto é, consciente e informado - não só de seus deveres e direitos, mas dos deveres dos homens públicos e do que poderia facilmente ser muito melhor neste país, que não é só de sabiás e palmeiras, mas de esforço, luta, sofrimento e desilusão?
Precisamos muito de crianças que saibam ler e escrever no fim da 1ª série elementar; jovens que consigam raciocinar e tenham o hábito de ler pelo menos jornal no 2º grau; universitários que possam se expressar
falando e escrevendo, em lugar de, às vezes com beneplácito dos professores, copiar trabalhos da internet.
Qualidade e liberdade de expressão também são pilares da democracia. Só com empenho dos governos, com exigência e rigor razoáveis das escolas - o que significa respeito ao estudante, à família e ao professor - teremos profissionais de primeira em todas as áreas, de técnicos, pesquisadores, jornalistas e médicos a operários.
Por que nos contentarmos com o pior, o medíocre, se podemos ter o melhor e não nos falta o recurso humano para isso? Quando empregarmos em educação uma boa parte dos nossos recursos, com professores valorizados, os alunos vendo que suas ações têm consequências, como a reprovação - palavra que assusta alguns moderníssimos pedagogos, palavra que em algumas escolas nem deve ser usada, quando o que prejudica não é o termo, mas a negligência. Tantos são os jeitos e os recursos favorecendo o aluno preguiçoso que alguns casos chegam a ser bizarros: reprovação, só com muito esforço. Trabalho ou relaxamento têm o mesmo valor e recompensa.
Sou de uma família de professores universitários. Exerci o duro ofício durante dez anos, nos quais me apaixonei por lidar com alunos, mas já questionava o nível de exigência que podia lhes fazer. Isso faz algumas décadas: quando éramos ingênuos, e não antecipávamos ter nosso país entre os piores em educação. Quando os alunos ainda não usavam celular e iPhone na sala de aula, não conversavam como se estivessem no bar nem copiavam seus trabalhos da internet - o que hoje começa a ser considerado normal. Em suma, quando escola e universidade eram lugares de compostura, trabalho e aprendizado. O relaxamento não é geral, mas preocupa quem deseja o melhor para esta terra.
Há gente que acha tudo ótimo como está: os que reclamam é que estão fora da moda ou da realidade. Preparar para as lidas da vida real seria incutir nos jovens uma resignação de usuários do SUS, ou deixar a meninada "aproveitar a vida": alguém pode me explicar o que seria isso?
(Lya Luft, Revista Veja - 08 de Março de 2010)
O relatório "Educação para todos", da Unesco, pôs o Brasil na 88ª posição no ranking de desenvolvimento educacional. Estamos atrás dos países mais pobres da América Latina, como o Paraguai, o Equador e a Bolívia. Parece que em alfabetizar somos até bons, mas depois a coisa degringola: a repetência média na América Latina e no Caribe é de pouco mais de 4%. No Brasil, é de quase 19%.
No clima de ufanismo que anda reinando por aqui, talvez seja bom acalmar-se e parar para refletir. Pois, se nossa economia não ficou arruinada, a verdade é que nossas crianças brincam na lama do esgoto, nossas famílias são soterradas em casas cuja segurança ninguém controla, nossos jovens são assassinados nas esquinas, em favelas ou condomínios de luxo somos reféns da bandidagem geral, e os velhos morrem no chão dos corredores dos hospitais públicos. Nossos políticos continuam numa queda de braço para ver quem é o mais impune dos corruptos, a linguagem e a postura das campanhas eleitorais se delineiam nada elegantes, e agora está provado o que a gente já imaginava: somos péssimos em educação.
Pergunta básica: quanto de nosso orçamento nacional vai para educação e cultura? Quanto interesse temos num povo educado, isto é, consciente e informado - não só de seus deveres e direitos, mas dos deveres dos homens públicos e do que poderia facilmente ser muito melhor neste país, que não é só de sabiás e palmeiras, mas de esforço, luta, sofrimento e desilusão?
Precisamos muito de crianças que saibam ler e escrever no fim da 1ª série elementar; jovens que consigam raciocinar e tenham o hábito de ler pelo menos jornal no 2º grau; universitários que possam se expressar
falando e escrevendo, em lugar de, às vezes com beneplácito dos professores, copiar trabalhos da internet.
Qualidade e liberdade de expressão também são pilares da democracia. Só com empenho dos governos, com exigência e rigor razoáveis das escolas - o que significa respeito ao estudante, à família e ao professor - teremos profissionais de primeira em todas as áreas, de técnicos, pesquisadores, jornalistas e médicos a operários.
Por que nos contentarmos com o pior, o medíocre, se podemos ter o melhor e não nos falta o recurso humano para isso? Quando empregarmos em educação uma boa parte dos nossos recursos, com professores valorizados, os alunos vendo que suas ações têm consequências, como a reprovação - palavra que assusta alguns moderníssimos pedagogos, palavra que em algumas escolas nem deve ser usada, quando o que prejudica não é o termo, mas a negligência. Tantos são os jeitos e os recursos favorecendo o aluno preguiçoso que alguns casos chegam a ser bizarros: reprovação, só com muito esforço. Trabalho ou relaxamento têm o mesmo valor e recompensa.
Sou de uma família de professores universitários. Exerci o duro ofício durante dez anos, nos quais me apaixonei por lidar com alunos, mas já questionava o nível de exigência que podia lhes fazer. Isso faz algumas décadas: quando éramos ingênuos, e não antecipávamos ter nosso país entre os piores em educação. Quando os alunos ainda não usavam celular e iPhone na sala de aula, não conversavam como se estivessem no bar nem copiavam seus trabalhos da internet - o que hoje começa a ser considerado normal. Em suma, quando escola e universidade eram lugares de compostura, trabalho e aprendizado. O relaxamento não é geral, mas preocupa quem deseja o melhor para esta terra.
Há gente que acha tudo ótimo como está: os que reclamam é que estão fora da moda ou da realidade. Preparar para as lidas da vida real seria incutir nos jovens uma resignação de usuários do SUS, ou deixar a meninada "aproveitar a vida": alguém pode me explicar o que seria isso?
(Lya Luft, Revista Veja - 08 de Março de 2010)
segunda-feira, março 22
Devolva-me, Adriana Calcanhoto
2
Decidem acabar o relacionamento, um deles mais bem decidido que o outro. Uma composição que leva o amor por um perspectiva lúcida e plenamente racional (nota-se assim na interpretação de Adriana Calcanhoto).
Então, este "homem" que pede para deixá-lo "sozinho" se revela diferente ao abrir mão da "companheira" em detrimento de uma felicidade "com outro 'rapaz'". O resultado é uma apatia aos sensíveis.
Rasgue as minhas cartas
E não me procure mais
Assim será melhor meu bem
O retrato que eu te dei
Se ainda tens não sei
Mas se tiver devolva-me
Deixe-me sozinho
Porque assim eu viverei em paz
Quero que sejas bem feliz
Junto do seu novo rapaz
Rasgue as minhas cartas
E não me procure mais
Assim vai ser melhor meu bem
O retrato que eu te dei
Se ainda tens não sei
Mas se tiver devolva-me
Podemos ter diversas leituras temáticas:
1- O fim do relacionamento por uma possível traição
2- A solidão de quem ama
3- O que é o amor?
...
Percebemos a história em níveis crescentes. Primeiro há o pedido de destruição das coisas vivenciadas, em seguida vem a solicitação do que liga as duas vidas e consequentemente a possibilidade do rompimento amoroso.
Sim, possibilidade.
Quando o eu-lírico recorre ao "Deixe-me sozinho" podemos notar duas construções: ausentar-se do lugar ou evadir-se da vida. Interessante mesmo é a recorrência do verbo transitivo direto e indireto DEVOLVER, pois devolve-se algo para alguém. No caso é um "retrato", mas a canção no geral não trata de um retrato, trata de duas vidas. Há culturas que dizem que o retrato aprisiona espíritos, se houver contextualização da música notaremos que se pede a vida já passada, o tempo já passado.
Canção: Devolva-me / Compositor(es): Lilian Knapp e Renato Barros / Interprete: Adriana Calcanhoto
Então, este "homem" que pede para deixá-lo "sozinho" se revela diferente ao abrir mão da "companheira" em detrimento de uma felicidade "com outro 'rapaz'". O resultado é uma apatia aos sensíveis.
Rasgue as minhas cartas
E não me procure mais
Assim será melhor meu bem
O retrato que eu te dei
Se ainda tens não sei
Mas se tiver devolva-me
Deixe-me sozinho
Porque assim eu viverei em paz
Quero que sejas bem feliz
Junto do seu novo rapaz
Rasgue as minhas cartas
E não me procure mais
Assim vai ser melhor meu bem
O retrato que eu te dei
Se ainda tens não sei
Mas se tiver devolva-me
Podemos ter diversas leituras temáticas:
1- O fim do relacionamento por uma possível traição
2- A solidão de quem ama
3- O que é o amor?
...
Percebemos a história em níveis crescentes. Primeiro há o pedido de destruição das coisas vivenciadas, em seguida vem a solicitação do que liga as duas vidas e consequentemente a possibilidade do rompimento amoroso.
Sim, possibilidade.
Quando o eu-lírico recorre ao "Deixe-me sozinho" podemos notar duas construções: ausentar-se do lugar ou evadir-se da vida. Interessante mesmo é a recorrência do verbo transitivo direto e indireto DEVOLVER, pois devolve-se algo para alguém. No caso é um "retrato", mas a canção no geral não trata de um retrato, trata de duas vidas. Há culturas que dizem que o retrato aprisiona espíritos, se houver contextualização da música notaremos que se pede a vida já passada, o tempo já passado.
Canção: Devolva-me / Compositor(es): Lilian Knapp e Renato Barros / Interprete: Adriana Calcanhoto
domingo, março 21
Saudade do Tom Amigo
2
Queria te beijar,
se não existisse Deus.
E queria me punir menos,
me julgar menos.
Ser menos severo comigo mesmo.
Queria te abraçar e sufocar a saudade,
lembrar das nossas tardes de conversas filosóficas.
Queria pegar tua mão e beijar o máximo e dizer que te amo e te respeito.
Queria que os homens fossem menos machos e mais homens.
Mas, tudo parece decorrer bem.
Tudo parece ser normal.
Te amo como se você fosse eu.
Te amo na medida desmensurada que não me amo.
Eu te amo. Te amo. Amo.
se não existisse Deus.
E queria me punir menos,
me julgar menos.
Ser menos severo comigo mesmo.
Queria te abraçar e sufocar a saudade,
lembrar das nossas tardes de conversas filosóficas.
Queria pegar tua mão e beijar o máximo e dizer que te amo e te respeito.
Queria que os homens fossem menos machos e mais homens.
Mas, tudo parece decorrer bem.
Tudo parece ser normal.
Te amo como se você fosse eu.
Te amo na medida desmensurada que não me amo.
Eu te amo. Te amo. Amo.
sexta-feira, março 19
Nudez Humana em Tempos Selvagens
0
Cheiro as unhas da minha mão carregada de grude, me vejo porco e imundo; imagino minha mãe nua e meu irmão beijando minha tia. As casas caídas umas sobre as outras como cartas retalhadas depois do castelo desmoranado, a gente com fome e procurando o que comer, ao mesmo tempo em que observávamos o comportamento dos viznhos em relação ao ataque.
Antes do cometa Hera se encontra com o mundo, éramos outros; tinhamos a arte que nos condicionava em humanos, tinhamos trabalhos que garantiam um vício e uma ilusão de que tudo era sempre assim; e eu não gostava disso, sabia da hipocrisia social, hoje gosto e queria ser hipócrita neste instante.
As profissões que mais gostava de nada servia, os livros começaram a ser devorados paulatinamente, devorados literalmente. Eu já esperava pelo momento em que água seria substituída pelo sangue, a escassez estava crescente. Retrocedemos tanto que os homens maiss fortes voltaram a ser o centro das atenções, batiam nos magros sem respeito por dinheiro ou conhecimento. O mundo humano era o mesmo mundo agora mais animal.
No terceiro dia, sentimos falta de um membro da família ao acordar. De longe alguém espiava pela janela da casa vizinha, um imenso ódio nos fez ir de encontro aquele olhar de medo. Na sala estava o corpo ensanguentado e mordido, um buraco no peito e um pedaço de uma estrtura que parecia o coração (doravante irreconhecível). Eu precisava de amor, disse com a voz em estado de choque térmico. Percebemos que naquela casa não havia mais ninguém, somente o dono do olhar de medo; não restou compaixão, o matamos. Também, nós precisávamos do amor daquele morto morto pelo homem que matávamos. Então, depois de cometer o primeiro crime sentimos o ódio bem próximo do amor, feito uma força bem maior que nos move a qualquer coisa e a quaisquer circuntâncias.
E fomos nos alimentando dos camicases até que não sobrou mais nenhum. E aí fomos nos matando... Até aquí, esse momento que digo que me matei. E se um dia voltar a existir vida neste planeta, digo que desconhecemos muito de nós mesmos em detrimento da exteriorização das pequenas coisas e grandes coisas. Eu não sei como cheguei a ser o último sobrevivente da minha cidade, sei que algo me ajudou. Eu li tanto que vivenciei todos os meus personagens e os matei a cada pedra arremessada, enfim cheguei em mim e só tendo a mim nada me resta.
Antes do cometa Hera se encontra com o mundo, éramos outros; tinhamos a arte que nos condicionava em humanos, tinhamos trabalhos que garantiam um vício e uma ilusão de que tudo era sempre assim; e eu não gostava disso, sabia da hipocrisia social, hoje gosto e queria ser hipócrita neste instante.
As profissões que mais gostava de nada servia, os livros começaram a ser devorados paulatinamente, devorados literalmente. Eu já esperava pelo momento em que água seria substituída pelo sangue, a escassez estava crescente. Retrocedemos tanto que os homens maiss fortes voltaram a ser o centro das atenções, batiam nos magros sem respeito por dinheiro ou conhecimento. O mundo humano era o mesmo mundo agora mais animal.
No terceiro dia, sentimos falta de um membro da família ao acordar. De longe alguém espiava pela janela da casa vizinha, um imenso ódio nos fez ir de encontro aquele olhar de medo. Na sala estava o corpo ensanguentado e mordido, um buraco no peito e um pedaço de uma estrtura que parecia o coração (doravante irreconhecível). Eu precisava de amor, disse com a voz em estado de choque térmico. Percebemos que naquela casa não havia mais ninguém, somente o dono do olhar de medo; não restou compaixão, o matamos. Também, nós precisávamos do amor daquele morto morto pelo homem que matávamos. Então, depois de cometer o primeiro crime sentimos o ódio bem próximo do amor, feito uma força bem maior que nos move a qualquer coisa e a quaisquer circuntâncias.
E fomos nos alimentando dos camicases até que não sobrou mais nenhum. E aí fomos nos matando... Até aquí, esse momento que digo que me matei. E se um dia voltar a existir vida neste planeta, digo que desconhecemos muito de nós mesmos em detrimento da exteriorização das pequenas coisas e grandes coisas. Eu não sei como cheguei a ser o último sobrevivente da minha cidade, sei que algo me ajudou. Eu li tanto que vivenciei todos os meus personagens e os matei a cada pedra arremessada, enfim cheguei em mim e só tendo a mim nada me resta.
quarta-feira, março 17
Para Ensinar a Esquecer
11
- Agora é tarde, vá dormir!
- Eu te amo, amada.
- Você está bêbado, vá dormir.
- Você não vai me dá uma chance não é?
- Olha, eu já estou irritada com isso!
- Eu gosto assim.
- Me esqueça!
- Eu não consigo.
- Tente!
- Você me ensina a te esquecer?
- Eu não posso!
- Então, não consigo.
- Tá eu te ensino.
- Como eu faço?
- Você sabe como faço para te fazer me esquecer?
- Não.
- Nem eu.
- E agora?
- Agora não sei.
- Eu sei. Primeiro, preciso lembrar para despois te esqeucer. Eu quero lembrar do teu corpo nú, mostra-me.
[Lençóis no chão. Pernas. Dança.]
- Pronto. Agora que já pode lembrar, se esqueça!
- Tem um problema.
- Ah, não me venha com mais...
- É que existem coisas inesquecíveis!
- Eu te amo, amada.
- Você está bêbado, vá dormir.
- Você não vai me dá uma chance não é?
- Olha, eu já estou irritada com isso!
- Eu gosto assim.
- Me esqueça!
- Eu não consigo.
- Tente!
- Você me ensina a te esquecer?
- Eu não posso!
- Então, não consigo.
- Tá eu te ensino.
- Como eu faço?
- Você sabe como faço para te fazer me esquecer?
- Não.
- Nem eu.
- E agora?
- Agora não sei.
- Eu sei. Primeiro, preciso lembrar para despois te esqeucer. Eu quero lembrar do teu corpo nú, mostra-me.
[Lençóis no chão. Pernas. Dança.]
- Pronto. Agora que já pode lembrar, se esqueça!
- Tem um problema.
- Ah, não me venha com mais...
- É que existem coisas inesquecíveis!
terça-feira, março 16
Greve e Crise
3
Somente sozinho estava. Sentado olhando o quadro branco preenchido de nada, branco. As cadeiras vazias e a mesa do professor sem material propiciavam ecos ao barulho do ciclone.
Ela chegou quando ele não queria ir.
- Você vai ficar aí?
- Eu acredito tanto nisso. Eu quero tanto me entregar...
- Não importa. De que adianta se entregar se as pessoas não desejam recepcionar? Vem logo, me segue!
Riscou o braço da cadeira de um vermelho intenso, riscou mesmo sem sentido algum. Ficou na carteira uma mancha que parecia cicatriz.
- Te espero lá fora.
- Tá.
Tocou as paredes, brincou de ligar e desligar as luzes, imaginou o barulho e todas as brigas da sala de aula; procurou o rosto de cada dono do lugar marcado, mas não havia ninguém. Algumas lágrimas escorreram pelo rosto quente de tanta avidez por conhecimento, justamente aí que abriu a bolsa e sentou-se na mesa da sala e começou a ler desesperadamente.
Metido em Paulo Freire, Jean Piaget e Vigotsky foi percebendo o distanciamento e a aproximação pelo embate do conhecedor x conhecimento.
- Você vem?
Tinha dormido sobre as páginas.
- Hélio?
Levantou a cabeça dele e percebeu os olhos banhados de tinta vermelha, a respiração lenta e a paixão já nas últimas.
Ela chegou quando ele não queria ir.
- Você vai ficar aí?
- Eu acredito tanto nisso. Eu quero tanto me entregar...
- Não importa. De que adianta se entregar se as pessoas não desejam recepcionar? Vem logo, me segue!
Riscou o braço da cadeira de um vermelho intenso, riscou mesmo sem sentido algum. Ficou na carteira uma mancha que parecia cicatriz.
- Te espero lá fora.
- Tá.
Tocou as paredes, brincou de ligar e desligar as luzes, imaginou o barulho e todas as brigas da sala de aula; procurou o rosto de cada dono do lugar marcado, mas não havia ninguém. Algumas lágrimas escorreram pelo rosto quente de tanta avidez por conhecimento, justamente aí que abriu a bolsa e sentou-se na mesa da sala e começou a ler desesperadamente.
Metido em Paulo Freire, Jean Piaget e Vigotsky foi percebendo o distanciamento e a aproximação pelo embate do conhecedor x conhecimento.
- Você vem?
Tinha dormido sobre as páginas.
- Hélio?
Levantou a cabeça dele e percebeu os olhos banhados de tinta vermelha, a respiração lenta e a paixão já nas últimas.
domingo, março 14
Carne, Cinzas, Espírito
2
Daqui a pouco é dia 16 de Março, são quase doze horas da noite.
Há duas semanas até ontem pela noite, estava com um presentimento e uma sensação de morte. E pela noite do dia 15 de março de 2010 eu orei e clamei a Deus para que prolongue um pouco mais minha vida na terra; sou tão jovem e tenho muitos sonhos. Quero ajudar as pessoas (meus alunos), ser doutor em literatura, presentear minha família; de repente eu avistei todas as minhas expectativas sendo apenas EXPECTATIVAS e com o devir necessário da vontade de Deus. Apeguei-me a muitas coisas quando estava voltando para casa no ônibus da faculdade, e meio triste, e meio cabisbaixo, e meio vago, eu orava baixinho quase que sussurrando pedindo um pouco mais de tempo.
Hoje fui a igreja, dia de batismo. Estranho? Para a gente, evangélicos, a criança com meses de vida não tem consciência do que está acontecendo; a melhor idade para o bastimo é a partir dos doze anos. Nos momentos que antecederam o meu mergulho bem perto das margens do Rio São Francisco, fiquei sabendo que o ato do batismo é como se fosse uma morte, um sepultamento. Atei os pensamentos de duas semanas com a informação de hoje e entendi que, talvez, fosse isso aquela estranha sensação de morte.
Percorremos um caminho imensurável até chegarmos às águas. Reparei em tudo: as pessoas que passavam, as que ficavam, as que olhavam, as que riam, as que esnobavam. Até que cheguei no local do batismo. O sol, as poucas nuvens, a brisa e as ondinhas que dizem ser marolas. Entrei vagarosamente na água, faz uns noves anos que não mergulhava por alí:
- São irmãos? - perguntou o pastor com um riso de glória e recebeu o anuir não-verbal (o balançar da cabeça em sentido de "sim" - Batizarei os dois.
O irmão meu [de sangue e espírito], adolescente de treze anos, provavelmente nem estaria alí se dependesse dele. E fui de corpo inteiro, em alguns segundos, meu sepultamento e renascimento. Cada dia acontece isso com a gente no dormir e acordar, mas hoje eu não precisei dormir. Estava bem acordado para morrer, feito um peregrino fui velando um eu indeciso das coisas da vida. Então, algumas dúvidas vieram de encontro a minha escolha, porém, uma única certeza foi necessária para tudo: Deus.
Há várias maneiras de sentí-lo, acompanha-se nesse compasso muitas falsas impressões. Prefiro senti-lo de perto e acompanhado por uma multidão efervescente; tudo em nome da salvação? Não, não. Em nome de Deus, em nome de Jesus; o mundo não foi capaz de me seduzir o suficiente; eu não me deixei cegar por livros e livros, pois antes deles havia algo digno de devoção. Sem pretensão de comparar, mas se nós [amantes da arte e tantos outros simpatizantes]que acreditamos nas composições, nos pernoagens, por qual motivo iremos renegar as escrituras sagradas?
Ah, desculpe se estou meio que pregando a palavra. Mas, mais que nunca digo uma coisa: A PALAVRA TEM PODER. Você está sentindo? Feche os olhos depois de ler isso e toca o seu corpo, procura algo além da carne, dos órgãos, dos dedos.
Queime-se, recolha-se, transceda, se transceda, transceda-se.
Há duas semanas até ontem pela noite, estava com um presentimento e uma sensação de morte. E pela noite do dia 15 de março de 2010 eu orei e clamei a Deus para que prolongue um pouco mais minha vida na terra; sou tão jovem e tenho muitos sonhos. Quero ajudar as pessoas (meus alunos), ser doutor em literatura, presentear minha família; de repente eu avistei todas as minhas expectativas sendo apenas EXPECTATIVAS e com o devir necessário da vontade de Deus. Apeguei-me a muitas coisas quando estava voltando para casa no ônibus da faculdade, e meio triste, e meio cabisbaixo, e meio vago, eu orava baixinho quase que sussurrando pedindo um pouco mais de tempo.
Hoje fui a igreja, dia de batismo. Estranho? Para a gente, evangélicos, a criança com meses de vida não tem consciência do que está acontecendo; a melhor idade para o bastimo é a partir dos doze anos. Nos momentos que antecederam o meu mergulho bem perto das margens do Rio São Francisco, fiquei sabendo que o ato do batismo é como se fosse uma morte, um sepultamento. Atei os pensamentos de duas semanas com a informação de hoje e entendi que, talvez, fosse isso aquela estranha sensação de morte.
Percorremos um caminho imensurável até chegarmos às águas. Reparei em tudo: as pessoas que passavam, as que ficavam, as que olhavam, as que riam, as que esnobavam. Até que cheguei no local do batismo. O sol, as poucas nuvens, a brisa e as ondinhas que dizem ser marolas. Entrei vagarosamente na água, faz uns noves anos que não mergulhava por alí:
- São irmãos? - perguntou o pastor com um riso de glória e recebeu o anuir não-verbal (o balançar da cabeça em sentido de "sim" - Batizarei os dois.
O irmão meu [de sangue e espírito], adolescente de treze anos, provavelmente nem estaria alí se dependesse dele. E fui de corpo inteiro, em alguns segundos, meu sepultamento e renascimento. Cada dia acontece isso com a gente no dormir e acordar, mas hoje eu não precisei dormir. Estava bem acordado para morrer, feito um peregrino fui velando um eu indeciso das coisas da vida. Então, algumas dúvidas vieram de encontro a minha escolha, porém, uma única certeza foi necessária para tudo: Deus.
Há várias maneiras de sentí-lo, acompanha-se nesse compasso muitas falsas impressões. Prefiro senti-lo de perto e acompanhado por uma multidão efervescente; tudo em nome da salvação? Não, não. Em nome de Deus, em nome de Jesus; o mundo não foi capaz de me seduzir o suficiente; eu não me deixei cegar por livros e livros, pois antes deles havia algo digno de devoção. Sem pretensão de comparar, mas se nós [amantes da arte e tantos outros simpatizantes]que acreditamos nas composições, nos pernoagens, por qual motivo iremos renegar as escrituras sagradas?
Ah, desculpe se estou meio que pregando a palavra. Mas, mais que nunca digo uma coisa: A PALAVRA TEM PODER. Você está sentindo? Feche os olhos depois de ler isso e toca o seu corpo, procura algo além da carne, dos órgãos, dos dedos.
Queime-se, recolha-se, transceda, se transceda, transceda-se.
sábado, março 13
Nós Subjuntivos
1
Tivesse conhecido você
antes de conhecer os outros
Soubesse de tuas vontades
e de quem é de verdade
Descobrisse a graça do seu riso
e beleza de teus olhos
Falasse as mais belas coisas
para te prometer eu
Corro por nada
você não é nada
Corro por mim
eu que nada sou
E corro corro
Cansado fatigado angustiado
Reza a vida da possibilidade
E corro corro
O que não fiz
se faz dentro de mim
O que fiz
me corrói me destrói
E tudo pode ser e não ser
nada definido
E tudo pode ser e não ser
nada definido
antes de conhecer os outros
Soubesse de tuas vontades
e de quem é de verdade
Descobrisse a graça do seu riso
e beleza de teus olhos
Falasse as mais belas coisas
para te prometer eu
Corro por nada
você não é nada
Corro por mim
eu que nada sou
E corro corro
Cansado fatigado angustiado
Reza a vida da possibilidade
E corro corro
O que não fiz
se faz dentro de mim
O que fiz
me corrói me destrói
E tudo pode ser e não ser
nada definido
E tudo pode ser e não ser
nada definido
quinta-feira, março 11
Reencontro ou Malditas Lembranças
8
Segundo a Segundo; olho a olho.
Muito ódio, cara a cara.
Dentes cerrados, punho cerrado;
olhos abertos, exacerbadamente abertos.
Frente a frente; silêncio.
Alinhamento dos olhos,
bocas alinhadas.
A língua quente,
os lábios quentes,
o coração é vulcão.
Erupção.
Pulo. Tapas. Mão no pescoço, muito ódio, muito ódio.
Estrangulamento.
Corpo no chão.
Espelho sem reflexo aparente.
O Suicídio.
Corpo no chão,
mais ninguém.
Ação reflexiva: Matou-se.
Muito ódio, cara a cara.
Dentes cerrados, punho cerrado;
olhos abertos, exacerbadamente abertos.
Frente a frente; silêncio.
Alinhamento dos olhos,
bocas alinhadas.
A língua quente,
os lábios quentes,
o coração é vulcão.
Erupção.
Pulo. Tapas. Mão no pescoço, muito ódio, muito ódio.
Estrangulamento.
Corpo no chão.
Espelho sem reflexo aparente.
O Suicídio.
Corpo no chão,
mais ninguém.
Ação reflexiva: Matou-se.
TOC
0
Sujo. Acordei com o corpo marcado de tanto medicamento. A porta encostada.
Encostei meus braços no corpo dela. Sujos. Lá estávamos entrelaçadas.
Sujas. Ela que sugou os meus seios e eu que suguei os seios dela. Sujas.
As duas jovens santas, já dessacralizadas. Dessacralizadas?
Sujas. Eu e ela beirávamos a inconstância e a inveja dos homens. Sujas.
E pensar que tudo começou com um carinho ingênuo no quarto escuro.
Na noite do pijama. Noite suja. Sujas.
Eu já melada de tanto medicamento. Arrependida. Suja.
Encostei meus braços no corpo dela. Sujos. Lá estávamos entrelaçadas.
Sujas. Ela que sugou os meus seios e eu que suguei os seios dela. Sujas.
As duas jovens santas, já dessacralizadas. Dessacralizadas?
Sujas. Eu e ela beirávamos a inconstância e a inveja dos homens. Sujas.
E pensar que tudo começou com um carinho ingênuo no quarto escuro.
Na noite do pijama. Noite suja. Sujas.
Eu já melada de tanto medicamento. Arrependida. Suja.
domingo, março 7
Raios
4
Me dá a mão. Eu queria acreditar mais em mim, recuperar a coragem da minha infância e abrir mão de muitos conselhos que coibiram alguns sonhos. Já parou para pensar o quanto de nós fica por aí? A gente anda e perde alguns coisas pelo caminho, encontramos também, é verdade. Estamos sempre em construção.
Hoje, a noite, fiquei sabendo que um raio caiu na casa de uma amiga minha, aí fico encabulado com o que pode acontecer em qualquer lugar e com qualquer pessoa. Fico aqui pensando a farsa que somos pelo pensamento rídiculo de estarmos quase sempre imunes. Aí eu penso que temos pernas (e sempre teremos!?) e não caminhamos o suficiente para usar o máximo de que somos capazes. Temos olhos e só vamos sentir a ausência, na verdade só sentiríamos se perdêssemos. Na verdade, a privação aciona a ausência que por sua vez alerta-nos de que algo está errado. Lógico, claro, não quero dizer que devemos andar por aí como se fôssemos esbanjadores do que temos; sugiro que se reserve um instante para o deleite dos olhos, da boca, do queixo, do pé, da barriga. Não somos só feitos de órgãos sexuais e seus maravilhosos orgasmos, não! Há tanto para ser explorado.
E nossa vida tem disso. Disso que disse sobre o raio. Eu acho que as pessoas mais envolventes e apaixonantes do mundo sentiram o encontro com um raio, frente a frente, cara a cara, olho a olho; elas devem ter descoberto a preciosidade e a graça que Deus nos deu. E tem muita gente que presencia inúmeras descargas elétricas e não as sente; tais pessoas são não-fomentáveis, só pode. O humano o mais belo humano é aquele vulnerável.
Nada demais aconteceu com minha amiga e seus familiares. Ocorreu que alguns equipamentos queimaram: dispositivos do computador e antena parabólica são os objetos que sei. A gente anda e perde alguns coisas pelo caminho, encontramos também, é verdade.
Desejo que um raio (para o bem e do bem) apareça em sua vida. Quem sabe tal raio seja uma pessoa? Um emprego? Um amigo? Um livro?
Raios! Somente quando o raio caí e o cabedal de valores desmoronar, ainda assim exigir um renuncia do que somos, nós perceberemos, enfim, que estamos sempre em construção.
Hoje, a noite, fiquei sabendo que um raio caiu na casa de uma amiga minha, aí fico encabulado com o que pode acontecer em qualquer lugar e com qualquer pessoa. Fico aqui pensando a farsa que somos pelo pensamento rídiculo de estarmos quase sempre imunes. Aí eu penso que temos pernas (e sempre teremos!?) e não caminhamos o suficiente para usar o máximo de que somos capazes. Temos olhos e só vamos sentir a ausência, na verdade só sentiríamos se perdêssemos. Na verdade, a privação aciona a ausência que por sua vez alerta-nos de que algo está errado. Lógico, claro, não quero dizer que devemos andar por aí como se fôssemos esbanjadores do que temos; sugiro que se reserve um instante para o deleite dos olhos, da boca, do queixo, do pé, da barriga. Não somos só feitos de órgãos sexuais e seus maravilhosos orgasmos, não! Há tanto para ser explorado.
E nossa vida tem disso. Disso que disse sobre o raio. Eu acho que as pessoas mais envolventes e apaixonantes do mundo sentiram o encontro com um raio, frente a frente, cara a cara, olho a olho; elas devem ter descoberto a preciosidade e a graça que Deus nos deu. E tem muita gente que presencia inúmeras descargas elétricas e não as sente; tais pessoas são não-fomentáveis, só pode. O humano o mais belo humano é aquele vulnerável.
Nada demais aconteceu com minha amiga e seus familiares. Ocorreu que alguns equipamentos queimaram: dispositivos do computador e antena parabólica são os objetos que sei. A gente anda e perde alguns coisas pelo caminho, encontramos também, é verdade.
Desejo que um raio (para o bem e do bem) apareça em sua vida. Quem sabe tal raio seja uma pessoa? Um emprego? Um amigo? Um livro?
Raios! Somente quando o raio caí e o cabedal de valores desmoronar, ainda assim exigir um renuncia do que somos, nós perceberemos, enfim, que estamos sempre em construção.
sábado, março 6
Da Paixão e Da Distância
5
Ao olhar o céu já cinza lembrara das 8h da manhã e do sol radiante espreitando a brecha da janela do quarto. Como pode o tempo mudar assim, indagou a si mesma. Seus cabelos foram se sacudindo aos poucos, o olhar petrificava instante a instante no exato momento que a estante do quarto desmoronou; seus ouvidos ignoraram e a casa foi sendo devastada por aquele vento terrível que ao meio-dia serviu de almoço a ela que deixou a boca aberta para comer tudo que chegasse de qualquer lugar distante.
Do outro lado do planeta, estava sentado no parque escutando os cantos das aves. Achou um canto sujo e cuspiu, foi justamente aí que uma corrente de ar gradativo assolou o parque e carregou o que havia, inclusive aquele líquido cremoso de sabor agridoce.
Próximo do momento da cessão, chegou àquela boca as gotículas da saliva do homem carregado pelo furacão; ela sentiu uma vida entrar. Notou espantada um objeto estranho vindo do céu, é um anjo, só pode, pensou. Vinha ele de branco, loiro, olhos azuis, falando alemão. Bem perto de bater na outra janela do apartamento, foi astuciosa e não assombrou-se com a situação mais esquisita da sua vida. Não mediu esforço e quebrou tais vitrais da sua casa.
Sentiu que o dono da saliva a queria de volta. Puxou a moça de dezessete anos pelos braços, na maturidade de quem tem quarenta e dois; segurou a nuca, beijou-lhe as pernas e investigou o intrigante sabor de leite, até então dono daquela pele. Não falavam a mesma língua, mas se entendiam perfeitamente; doravante exclamavam sensações sem atar a coerência dos traços do rosto. A saliva, ainda presa na garganta da moça, parecia ter infestado o corpo todo. E a mesma boca que acabara em alguns instantes se alimentando do vento, do tempo, da esperança, se alimenta agora do que é vivo, pulsante, quente. E uma saliva mais viva e intensa se preparava para a grande premiação do concurso da mais linda, santa e puta dança dos corpos.
Bem próximo da anunciação. Do grande instante. Um vento, um vento forte, fortíssimo entrava novamente pela casa e procurava pelos quatros cantos por alguém. Os seios ficaram duros e tensos com medo de perder o loiro homem; ele feito um homem alemão encarou, era só mais um vento que os fizeram recomeçar, embriagados um pelo corpo do outro.
Do outro lado do planeta, estava sentado no parque escutando os cantos das aves. Achou um canto sujo e cuspiu, foi justamente aí que uma corrente de ar gradativo assolou o parque e carregou o que havia, inclusive aquele líquido cremoso de sabor agridoce.
Próximo do momento da cessão, chegou àquela boca as gotículas da saliva do homem carregado pelo furacão; ela sentiu uma vida entrar. Notou espantada um objeto estranho vindo do céu, é um anjo, só pode, pensou. Vinha ele de branco, loiro, olhos azuis, falando alemão. Bem perto de bater na outra janela do apartamento, foi astuciosa e não assombrou-se com a situação mais esquisita da sua vida. Não mediu esforço e quebrou tais vitrais da sua casa.
Sentiu que o dono da saliva a queria de volta. Puxou a moça de dezessete anos pelos braços, na maturidade de quem tem quarenta e dois; segurou a nuca, beijou-lhe as pernas e investigou o intrigante sabor de leite, até então dono daquela pele. Não falavam a mesma língua, mas se entendiam perfeitamente; doravante exclamavam sensações sem atar a coerência dos traços do rosto. A saliva, ainda presa na garganta da moça, parecia ter infestado o corpo todo. E a mesma boca que acabara em alguns instantes se alimentando do vento, do tempo, da esperança, se alimenta agora do que é vivo, pulsante, quente. E uma saliva mais viva e intensa se preparava para a grande premiação do concurso da mais linda, santa e puta dança dos corpos.
Bem próximo da anunciação. Do grande instante. Um vento, um vento forte, fortíssimo entrava novamente pela casa e procurava pelos quatros cantos por alguém. Os seios ficaram duros e tensos com medo de perder o loiro homem; ele feito um homem alemão encarou, era só mais um vento que os fizeram recomeçar, embriagados um pelo corpo do outro.
quarta-feira, março 3
Música!
1
Se se tratasse de gente como se se vivesse de outra forma artística, seriamos viciado na arte que não nos deixa o mesmo de sempre.
on the corner of main street
just tryin' to keep it in line
you say you wanna move on and
you say I'm falling behind
can you read my mind?
can you read my mind?
I never really gave up on
breakin' out of this two-star town
I got the green light
I got a little fight
I'm gonna turn this thing around
can you read my mind?
can you read my mind?
Read my Mind - The Killers
Até as sinfonias foram feitas no mais poderoso silêncio, pois todo silêncio precisa de barulho pra ser encarado como silêncio, diria Constantin Stanislavki. Até o Chaplin cantava com seus pés tortos nos universos mais sonoros das nossas mentes.
can you read my mind?
can you read my mind?
A música corta as cordas que me prende ao inconsciente coletivo; vivo com a ÉTICA e a MORALIDADE, mesmo assim é inesquecível reviver loucuras. Quem não é louco quando sujeita-se a viver? Quem não é louco quando dá a sua cabeça para alguém exercitar um rabalho com a tesoura? Quem não é louco em levantar da cama e lutar com milhares de bactérias/vírus espalhadas no ar?
A loucura mostra-se culminante em certos momentos da vida, a músic ajuda muito no processo de redescoberta de quem somos. Somos mais feios e belos que suponha toda a lógica da Psicologia.
Para quem quer escutar a música que embalou a produção desse parecer:
on the corner of main street
just tryin' to keep it in line
you say you wanna move on and
you say I'm falling behind
can you read my mind?
can you read my mind?
I never really gave up on
breakin' out of this two-star town
I got the green light
I got a little fight
I'm gonna turn this thing around
can you read my mind?
can you read my mind?
Read my Mind - The Killers
Até as sinfonias foram feitas no mais poderoso silêncio, pois todo silêncio precisa de barulho pra ser encarado como silêncio, diria Constantin Stanislavki. Até o Chaplin cantava com seus pés tortos nos universos mais sonoros das nossas mentes.
can you read my mind?
can you read my mind?
A música corta as cordas que me prende ao inconsciente coletivo; vivo com a ÉTICA e a MORALIDADE, mesmo assim é inesquecível reviver loucuras. Quem não é louco quando sujeita-se a viver? Quem não é louco quando dá a sua cabeça para alguém exercitar um rabalho com a tesoura? Quem não é louco em levantar da cama e lutar com milhares de bactérias/vírus espalhadas no ar?
A loucura mostra-se culminante em certos momentos da vida, a músic ajuda muito no processo de redescoberta de quem somos. Somos mais feios e belos que suponha toda a lógica da Psicologia.
Para quem quer escutar a música que embalou a produção desse parecer:
Os Últimos Quilômetros
1
Corra, corra, corra! A morte espreita e o tempo é curto, curta logo! Entende? Ande, não pense muito. Quanto mais você pensa, mais as coisas acontecem sem você pensar. Leia mais, assim você terá experiência para poupar tempo na hora de compreender os outros. Você viajará menos pelo mundo, você saberá diversas culturas.
Corra, corra, mas não esqueça de observar quem vem ao lado. Olhe o que está acontecendo, você saberá o que há de ser. Deixe estar, sinta!
Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!
Não esqueça de Deus.
Não esqueça dos seus pais.
Não esqueça de que a vida tem o tempo certo para quem sabe viver.
Sinta!
Corra, corra, mas não esqueça de observar quem vem ao lado. Olhe o que está acontecendo, você saberá o que há de ser. Deixe estar, sinta!
Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!Sinta! Sinta!
Não esqueça de Deus.
Não esqueça dos seus pais.
Não esqueça de que a vida tem o tempo certo para quem sabe viver.
Sinta!
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