Me deixe falar-te de tua beleza com tuas mãos tão leve. Ai, que inveja dos teus olhos negros na tua face bem esculpida. Só não invejo teu riso de menino amulecado. Invejo tua pele alva coberta do largo tecido branco que pouco mostra o teu corpo nú que a mim pouco interessa, digo verdadeiramente. Se eu pudesse, só olharia para teu olhar, mas tive de fugir várias vezes para não ser interpretado de forma má.
És tão lindo, és tão cuidadoso, pensei até está velhíssimo e estando sendo consultado por meu filho, este que ainda não veio nem promete vir por agora.
Suas perguntas sobre está tudo bem por aí aos instantes de fazer moldagem e suas respostas, as quais preenchiam palavras a minha boca entupida de massa, diziam que mais ou menos.
Digo ainda mais, já eu sujo preocupado na limpeza das extremidades de minha boca, dissestes que limparia e não precisei de mais preocupação alguma. Então, me limpou com um papel úmido na maior paciência e cuidado que jamais tive de um desconhecido.
Que graça! Que cuidado! Contigo, naqueles minutos pensei em abandonar as Letras e viver para os dentes, cursar Odontologia e quem sabe inspirar pela boca às mãos de tantos outros metidos a poetas.
10/04/10
domingo, abril 11
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