sábado, abril 24

A uma Borboleta e seus Devaneios

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É um universo no qual encontramos a amizade e a paixão. VTD e VTI, apesar de Mário de Andrade dizer ser VI e ultimamente atrelar-se como VTDI. Daí se insere em contextos e altera visões, ideologias, ritmos, ações e reações; talvez, por isso, sejam todas classificações. Quem ama, ama alguém. Quem ama, ama a alguém. Quem ama, ama. Quem ama, ama alguém por alguma coisa. Qual está certo? E a gramática normativa quem é perto de algo tão nobre?

Não há qual esteja certo nem MAIS certo, há quem está no universo e quem está flutuando pelo céu. Quando se ama por alguma coisa, na verdade não se ama, se interessa, se apega à pessoa somada com a coisa interessada; no entanto reside uma possibilidade pelo fato de que fingir amar é perigoso, pois das pequenas coisas se constrói o amor; você pensa e finge que está amando, logo flutuando, de repente está mesmo e é complicado voltar ao chão, porque já estamos habituados à falta de ar. Ter de reaprender a respirar, andar com os pés no chão, não ter aquela sensação do ofegante será um desafio. A gente parece renascer quando deixamos o universo: choramos, precisamos de colo e consolo. É que o amor nos envolve como se fosse Universo.

Quando deixamos o universo é que temos certeza do que foi construído, pois o amor mesmo que acabado não se destrói e, principalmente, não nos destrói. Isto é, a parte mais genuína do Universo Amor, o que nos leva ao fundo do poço é a parte mais perigosa do amar, a paixão. É justamente no pequeno espaço que colocamos o outro acima de todos e tudo, vivemos por/para/pelo outro; esquecemos de nós e de todos os outros lindos planetas pertencentes ao universo. Renegamos os amigos, a família, em geral a nossa vida, acabamos por assumir o corpo e a vida do outro; o planeta mais fértil ao ciúme, à insegurança, à tempestuosidade, à cegueira. As pessoas têm encontrado a paixão como sinônimo do amor, por isso dizem que este é cego quando na verdade cego é aquele(a paixão). Muitos casais acabam o relacionamento e tudo acaba assemelhando-se a pessoas desconhecidas, nunca se cruzaram, pronto, isto é, paixão.

Depois do mundo particular no universo, retirado e conhecido partes de todos os outros planetas - resta - se verdadeira - a amizade. Quando foi amor, é amor e nunca mais será nada, nunca mais será ignorado, irrelevante. Para ser amor não precisa está junto o tempo inteiro, beijar na boca, deitar-se sobre a cama, tirar a roupa; faz parte, mas não é essencial nem necessário. A idolatria, a paixão, a amizade, o respeito, a verdade e todos os planetas com nome de valores humanos mais divinos compõem o Universo Amor. E é a mistura das terras e das águas entre os planetas, para formar teu mundo, que faz dele o mundo amor em poucos mundos amores existentes. Tem gente que só recolhe a água e a terra da paixão, habitam o universo amor, bem verdade, mas não são bem sucedidos e tornam-se forasteiros e perdem o bem mais precioso no ir e vir, perdem o tempo. Tempo necessário a formar, povoar um mundo construído a dois, três, quatro... Assim, envelhecem e tornam-se nostálgicos, retraídos; então, o mundo amor é formado e intensificado para a família, especialmente para os netos. Na maioria das vezes os netos já crescidos estão à procura e conhecendo outros planetas jovens, mal sabem que aquele que é oferecido seja o suficiente para aprender a não perder tempo com coisas pequenas que parecem grandes.

Ama. Ama mesmo. Ama de forma que conheça todos os pontos de vistas do amor para ter o ciúme necessário, a tempestuosidade básica, a saudade suficiente; assim não possa confundir o universo com o planeta. Assim, possa formar compartilhando o mundo teu; não precisando habitar um planeta que já existia, mas que existirá. Não é egoísmo ter um mundo só teu, na verdade é até um submundo, mas grande o bastnte podendo ser chamado mundo; como diria, não é egoísmo, é história. Quer queira, quer não, cada um tem a sua e sendo a junção de duas na criação do mundo implicará a formação de outra. Então, cria, recolhe, compartilha, que o amor é grande para poucos planetas.

Uma mistura de sentimentos bons, haja vista: amizade, paixão, respeito, atitude, fraternidade... Uma mistura de corpos também, uma elevação. É gota a gota de cada substância que faz o amor ser perfeito, se bem que amor-perfeito é uma terrível redundância! O amor é muito grande, o que é pequeno não é amor, mas faz parte e de todas as pequens partes é composto o Universo. Exemplo?! Sol, cometa, planeta, gameta, fecundidade, gravidade, gravidez, história, criador, Criador... O Amor.

2 Response to A uma Borboleta e seus Devaneios

27 de abril de 2010 às 12:39

À linda Tami!

Pode suprimir, recortar, copiar, refazer...

se e somente se com carinho!
:)

27 de abril de 2010 às 12:58

Lindo texto meu amigo!!!
Já peguei, senti e coloquei uma fotinha!Olha se vc gosta?
Obrigada!!!!
Beijinho