sexta-feira, abril 2

Textos que estariam no lixo (I)

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(Não sei o motivo de ter escrito isso. Parece uma revolta de um pseudo-escritor que sofre por ter uma literatura centrada no mundo coesivo e coerente. Algo me levou a ter piedade e registrá-los aqui...)


Nenhum caderno é puro,
nenhuma virgem é santa.
Porém, toda santa deve ser virgem.

Não existe um inteligente que sabe tudo.
Embora exista um sabe tudo que é um baita do inteligente.

Esta não é a primeir folha escrita,
pois a primeira escrita não foi na folha.
Não foi ou foi?

Só queria escrever
sem antes vê a folha rabiscada.
É isso. Eu queria jogar sem pensar.

Gosto do jogo.
Meus eus quixotes ao lado do mim casmurro,
incerteza certeza.

Ou certeza incerta?
Não sei. Ou sei?
Sei não.
Não devo saber.
É tão fácil ser contraditório, louco e "artista".

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